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Moro. (FOTO/Reprodução/CartaCapital/ABr). |
Um
vazamento de mensagens entre o ministro Sergio Moro e o procurador Deltan
Dellagnol, feito pelo site The Intercept, provaria que o ex-juiz federal e o
procurador do Ministério Público Federal colaboraram entre si quando faziam
parte da força-tarefa da Operação Lava Jato.
A
obsessão por tirar o ex-presidente Lula da corrida eleitoral, as parcialidades
dos responsáveis por conduzirem a maior operação da Polícia Federal da história
e as interferências nos trâmites das provas colocam em xeque a confiabilidade
das condenações. As mensagens datariam entre 2015 e 2017. Entenda o conteúdo
divulgado pelas matérias.
Em
nota, a força-tarefa disse ter sido alvo de hackers e atacou o que chamou de
‘viés tendencioso’ da reportagem. Nas redes sociais, o atual ministro da
Justiça, Sergio Moro, afirmou que “uma
leitura atenta revela que não tem nada ali apesar das matérias sensacionalistas”.
Entenda
o conteúdo divulgado pelas matérias.
Sem provas para o triplex do Guarujá
Apenas
quatro dias antes de denunciar o ex-presidente Lula ao MPF, o procurador Deltan
Dellagnol não tinha confiança nas provas a serem apresentadas.
A
associação de Lula à Odebrecht e à Lava Jato, que foi provada por Dellagnol a
partir de uma antiga reportagem do jornal O Globo, conseguiria colocar o
ex-presidente para ser julgado por Moro – que atuava no TRF4, em Curitiba, pela
força-tarefa da operação.
No
entanto, a reportagem não associava o triplex ao ex-presidente, mas dizia que
ele possuía um imóvel no condomínio – o que estava descrito em seu imposto de
renda. Mesmo assim, Dellagnol prosseguiu com a denúncia.
Sergio Moro teria influenciado diretamente
a condução das operações
As
mensagens também apontam interferências preocupantes do ex-juiz Sergio Moro na
condução das denúncias e investigações – papel desempenhado por desembargadores
e procuradores, mas não juízes.
Pistas
sobre as investigações, críticas ao andamento das operações deflagradas pela
Polícia Federal e troca de conselhos – como o vazar ou não os áudios entre
Dilma Rousseff e Lula, em 2016, ou investigar a fundo arbitrariamente uma
parcela de 30% dos envolvidos em corrupção.
Cerceamento à entrevista de Lula e
articulação contra o PT
Além
de Dellagnol e Moro, a reportagem também teria recebido trocas de mensagens
entre procuradores da Lava Jato para barrar deliberadamente a entrevista de
Lula no período eleitoral – com temor de favorecer a campanha de Fernando
Haddad.
Em
uma delas, uma mulher identificada como ‘Carol PGR’ diz para Dellagnol: “Ando muito preocupada com uma possível volta
do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que um
milagre nos salve”, escreveu no grupo do Telegram “Carol PGR”. Para tal,
Dallagnol respondeu: “Reza sim”.
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Com informações
de CartaCapital.
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