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A imagem mostra Carlos Augusto Marighella, militante morto por agentes do DOPS em 1969. (FOTO | Reprodução | Memorial da Resistência). |
Na noite de 4 de novembro de 1969 morria Carlos Augusto Marighella, considerado como um dos maiores nomes da resistência contra o regime militar. Na época, o ex-deputado baiano foi alvo de uma emboscada e assassinado pelo Departamento de Ordem e Política e Social (DOPS).
Marighella, considerado como inimigo número um pelos agentes da ditadura, hoje é celebrado por muitos como uma figura heroica nacional que simboliza a defesa pela democracia e a soberania popular.
O homem que se definia como mulato baiano iniciou seus estudos na Escola de Politécnica da Bahia, posto que abandonou para dedicar-se à atividade política no Partido Comunista do Brasil (PCB). Sua primeira prisão política ocorreu em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, ao criticar o interventor Juracy Magalhães em um poema.
Os anos seguintes foram marcados por mais uma prisão, onde foi torturado e mantido preso até 1945. Apesar de se eleger como deputado pelo PCB baiano no ano seguinte, Marighella perdeu o mandato ao ter os direitos políticos cassados pelo governo Dutra, ação que se estendeu a todos os filiados a partidos comunistas.
Já no período da ditadura, o militante foi preso e baleado em maio de 1964, durante a prisão realizada pelo DOPS em um cinema no Rio de Janeiro. Liberado um ano depois, Marighella se aproximou da luta armada contra os militares e, em 1967, foi expulso do PCD.
Junto a outros dissidentes do partido, o ex-deputado fundou a Ação Libertadora NAcional (ALN), organização que utilizava técnicas de guerrilha urbana e resistência armada contra a tirania militar. Na ALN, ele participou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969, em ação conjunta com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).
Entre a imagem de mártir e mito, sobram centenas de adjetivos contemplam as “mil faces do homem leal”. Marighella foi um homem negro, poeta, capoeirista, pai, escritor, político, comunista e subversivo. E, especialmente no aniversário de seu falecimento, é importante ressaltar que a democracia que hoje o saúda é a mesma que ele ajudou a solidificar.
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Com informações da Alma Preta Jornalismo.
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