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(FOTO | Reprodução). |
Griots em algumas culturas africanas refere-se às pessoas mais velhas que contam histórias e consequentemente propagam ensinamentos, e é a partir desta perspectiva que o livro “Griots e Tecnologias Digitais” foi concebido. Organizado por Thiane Neves Barros (UFPA) e Tarcízio Silva (UFABC / Mozilla), a obra tem como objetivo contribuir com o resgate de ensinamentos ancestrais nos debates contemporâneos emergentes. Para tanto, os vários artigos que compõem o livro dialogam com as e os intelectuais negros: Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Clóvis Moura, Milton Santos, Cida Bento, Zélia Amador de Deus, Sueli Carneiro, Abdias Nascimento, Nilma Lino Gomes e Antônio Bispo dos Santos.
O
livro, que conta com a contribuição de pesquisadoras e pesquisadores dos campos
da comunicação, ciências sociais, direito e da educação, tem no prefácio a
assinatura de Zelinda Barros (UNILAB) e no posfácio Paulo Victor Melo
(IADE/Universidade Europeia), dois pesquisadores referências no campo do
conhecimento brasileiro.
Charô
Nunes, Larissa Santiago e Viviane Gomes, Coordenadoras de Blogueiras Negras,
escreveram um capítulo exclusivo para o livro intitulado “Do Pretuguês
Tecnológico à Blogagem Coletiva: A reconstrução de um caminhar tecnológico
diante da virtualização da vida”, o qual é fruto de reflexões sobre materiais
que desenvolvemos para lecionar uma aula na UFRJ.
Para
contextualizar, em 2020 a pandemia do Coronavírus alterou, ainda que por alguns
meses, o funcionamento do mundo. Os impactos, para além da perda de mais de um
milhão de vidas e o sofrimento de vítimas, amigos e familiares, foram sentidos,
em maior ou menor grau, em todos os setores da sociedade. Uma dessas
consequências no Rio de Janeiro, Brasil, foi a construção do Período Letivo
Excepcional (PLE), uma resposta da Universidade Federal do Rio de Janeiro para
dar prosseguimento ao calendário acadêmico daquele ano tão tristemente incomum.
Na
época, um grupo de pesquisadores de mestrado e doutorado da Escola de
Comunicação da UFRJ e jovens negres referências na área das tecnologias
ofereceram à graduação e extensão a disciplina “Raça, Comunicação e
Tecnologias: narrativas e saberes”, que contou com a possibilidade das três
coordenadoras de BN participarem como docentes.
A
proposta da aula se deu a partir de uma apropriação do termo ‘Pretuguês”, de
Lélia González, para explicar a profusão de iniciativas de pessoas negras,
sobretudo de mulheres negras, na tecnologia e na política. Adicionalmente,
propomos a criação de uma linguagem tecnológica baseada em Pretuguês para que o
aumento do envolvimento de pessoas negras com a tecnologia seja instrumento de
enfrentamento do racismo e do sexismo.
Dois eventos marcam o lançamento da obra ainda neste mês de agosto: o primeiro será no dia 25/08, às 19h, no canal Instituto Sumaúma no Youtube (acione o alerta!); o segundo acontecerá de forma presencial no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (São Paulo/SP), no dia 30/08, às 16h (Faça a sua inscrição).
A
coletânea “Griots e Tecnologias Digitais” tem como editora a LiteraRUA, apoio
do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), produção da
Desvelar, revisão e estratégia de comunicação pelo Instituto Sumaúma, e a arte
de capa e diagramação são assinadas pela designer Juliana Vieira.
Para
ler o nosso artigo completo na publicação “Griots e Tecnologias Digitais”, faça
a pré-compra do livro no site da editora LiteraRua e fique por dentro dos
próximos lançamentos nas redes sociais do Instituto Sumaúma (@sumauma_org).
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Com informações do Instituto Sumaúma e Blogueiras Negras.
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