![]() |
( Card |@desenhosdonando). |
Por Nicolau Neto, editor
22
de abril de 1500. Esta é, como muitas outras datas históricas, cheia de
significados. E como todo fato histórico, é preciso que o levemos para a sala
de aula de forma que o resinifiquemos sem, no entanto, negá-lo. Pois fato histórico é fato histórico.
O 22
de abril de 1500 ainda é tratado nos materiais didáticos pela visão dos
vencedores, dos colonizadores. Por isso, a questão do "descobrimento" é tão presente. A ideia que predomina é a dos opressores e
dos escravizadores.
A ressignificação
do ensino passa necessariamente pela contestação desse modelo europeu que
percebe o explorador como herói e que, portanto, há a necessidade de
glorifica-lo em troca do apagamento da história dos oprimidos e escravizados.
Falar desse processo histórico é colocar em pauta a luta e a resistência dos
povos originários que já habitava esse território que depois recebeu o nome
"Brasil".
Não houve "descobrimento". Ninguém descobre território onde já há pessoas ocupando. Onde já existem povos com relações sociais, culturais, religiosas e políticas estabelecidas. O que houve foi uma invasão de território e as consequências dessa invasão ainda hoje são sentidas. O que houve foi a destituição de territórios dos povos originários e ao mesmo tempo, a tentativa de aculturação e destruição dos modos de vida dos indígenas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!