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Alexandre Lucas, Colunista. (FOTO/ Reprodução/Facebook). |
Por Alexandre Lucas, Colunista
A
lente permanece suja. A máquina fotografa com manchas a realidade e o fotógrafo
se ilude, acreditando que elas realmente estão impregnadas na paisagem. É
quente para um café. Melhor seria um banho frio e rever as fotos do tempo em
que não saia sozinho na rua, por não ter noção e nem tamanho suficiente para
encarar os perigos que assombram a vida dos adultos.
A
máquina quebra de tanto insistir em olhar. O fotógrafo agora é poeta, escreve
com danação. Cria imagens, suja o texto, destrói as lentes, grita, faz
mistério, arrota porque não quer incômodos presos, liberta os seus
desejos. Escreve sobre as fotografias
queimadas e as verdadeiramente mentirosas. Finge que não é com ele a história que conta e mente sobre a história que quer.
O poeta triturou a máquina em versos e fotografou a dor banhada de poesia.
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