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(FOTO | Wikimedia) |
Em
24 horas, a nova edição da Carta aos Brasileiros, manifesto em defesa da
democracia, reuniu mais 100 mil adesões. Os ex-ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) Francisco Resek, Joaquim Barbosa e Nelson Jobim estão entre os
mais novos signatários. Além deles, a presidenta da Academia Brasileira de
Letras, Nélida Piñon, e a atriz Fernanda Montenegro, também da ABL, endossam a
carta. O documento será lido em evento na Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo (USP), no dia 11 de agosto.
Os
novos apoios estão sendo registrados no site Estado de Direito Sempre!. O
manifesto havia sido divulgado ontem (26), já com 3.069 signatários. Entre
eles, os também ex-ministros Carlos Ayres Britto, Carlos Velloso, Cezar Peluso,
Ellen Gracie, Eros Grau, Marco Aurélio Mello, Sepúlveda Pertence e Sydney
Sanches. Líderes do setor financeiro, como Roberto Setubal e Pedro Moreira
(co-presidentes do Itaú Unibanco), também apoiam a iniciativa. Além de
banqueiros, como o ex-presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, e o CEO da
Natura, Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander.
A
nova edição da Carta aos Brasileiros não cita nomes, mas é considerada uma
resposta às ameaças golpistas do presidente Jair Bolsonaro. O documento critica
“ataques infundados e desacompanhados de
provas” em relação ao processo eleitoral, à democracia e ao Estado de
direito “tão duramente conquistado pela
sociedade brasileira”. E considera “intoleráveis”
as ameaças a outros poderes e a setores da sociedade, além da “incitação da violência e a ruptura da ordem
constitucional”.
‘Presidente menor’
O
ex-ministro do STF Celso de Mello faria a leitura do documento no Pátio das
Arcadas, mas cancelou sua participação por questões de saúde. Em carta ao
ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, Celso de
Mello insistiu para que seu nome aparecesse no documento e reforçou críticas a
Bolsonaro, a quem chamou de “presidente
menor”.
A
nova carta resgata a resistência à ditadura civil-militar (1964-1985),
reforçando que o país já passou por oito eleições seguidas para presidente da
República. No entanto, agora o Brasil revive tentativas de desestabilização,
que não terão sucesso, asseguram os autores. “Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários
da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo
muito maior, a defesa da ordem democrática.”
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Com informações da RBA. Clique aqui e leia a íntegra da carta.
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