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Presidente voltou a atacar instituições e não apresentou provas de supostas 'fraudes'. (FOTO/ Marcelo Camargo/Agência Brasil). |
Depois
do tumulto da última sessão antes do recesso, a comissão especial da Câmara que
analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135, do voto impresso,
voltará a se reunir na próxima quinta-feira (5), às 14h. Embora os governistas
tenham conseguido tempo, a avaliação é de que as chances de emplacar o projeto
diminuíram consideravelmente depois da live de Jair Bolsonaro de ontem (29) à
noite, que começou com aproximadamente 100 mil expectadores no Facebook e
terminou com menos de 50 mil.
Como
vem falando desde 2019, o presidente anunciou que apresentaria provas de
fraudes eleitorais, para justificar sua defesa do voto impresso. Requentou
acusações e admitiu não ter provas. O tom agressivo irritou ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em
outras ocasiões, o presidente da República já havia ofendido o ministro Luís
Roberto Barroso, presidente do TSE, além de colocar em dúvida a própria
realização das eleições.
Duas
semanas atrás, a PEC 135 esteve prestes a ser derrubada na comissão especial.
Mas o presidente do colegiado, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), encerrou
subitamente a sessão, sem que a matéria fosse votada, sob protestos da
oposição.
Desmoralização
Em
rede social, ainda ontem, o deputado Fábio Trad (PSD-MS) ironizou a performance
presidencial diante das câmeras. “Como
membro titular da Comissão Especial da PEC do voto impresso, devo admitir – por
uma questão de lealdade a vocês – que, antes da live de hoje do Presidente
Bolsonaro, eu estava convencido a votar não à PEC, mas depois da live fiquei
mais convencido ainda”, escreveu. (…) A estratégia é simples: desmoralizar
a urna eletrônica para que não vejam a desmoralização do próprio governo. E tem
gente que insiste em não ver.”
Também
integrante da comissão, Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que “a loucura” do presidente tem como
objetivo “insuflar atos radicais conra as
eleições e a democracia”. “Quer
coagir o Congresso, mas vai perder”, emendou.
A
comissão pode votar parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR),
bolsonarista-raiz, assim como a autora da PEC, Bia Kicis (PSL-DF). Foram
apresentados quatro votos em separado, de Arlindo Chinaglia (PT-SP), Fernanda
Melchionna (Psol-RS), Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Paulo Ganime (Novo-RJ).
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Com informações da RBA.
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