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Bolsonaro. (FOTO/ Marcos Corrêa/ PR). |
Após péssima repercussão, o governo Bolsonaro voltou atrás e não vai mais colocar em prática alterações no sistema de notificação de mortes por covid-19. A consequência da mudança seria atraso na inclusão dos dados e, assim, queda artificial nos números da pandemia.
A
informação sobre o recuo do Ministério da Saúde foi confirmada por
representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Horas
antes, o governo de Jair Bolsonaro havia alterado o sistema de notificação,
incluindo no cadastro de óbitos dados como CPF, cartão SUS, registro de
estrangeiro e se a pessoa havia ou não sido vacinada contra a covid-19. Os
novos dados, irrelevantes para o registro das mortes causadas pelo novo
coronavírus, atrasam o preenchimento, pois nem sempre estão à mão. É mais comum
o uso apenas do RG por quem busca atendimento.
Queda?
Em
São Paulo, por exemplo, foram registradas 281 mortes por covid-19 nesta quarta,
já dentro dos novos critérios. O número é bem menor do que os 1.021, recorde do
estado na pandemia, registrados um dia antes, nos moldes anteriores –
restabelecidos agora – de notificação dos falecimentos.
“Ontem
fomos devastados com a informação de 1.021 mortes no nosso estado. Tínhamos
como obrigação ter informação de que esses dados. E hoje só temos aportados 281
casos. Representam muito menos, na verdade, do número de óbitos”, disse o
secretário Estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, em coletiva nesta
quarta-feira (24), antes de surgir a notícia do recuo do Ministério da Saúde.
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Com informações da RBA.
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