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(FOTO/ Divulgação). |
O livro ‘Nós por nós’ apresenta narrativas que buscam gerar resistência ao racismo por meio do autocuidado e autoconhecimento. “Com diferentes relatos, conseguimos diversificar o discurso que vai desde a representatividade afirmativa na construção de ser negro, passando pela importância do senso coletivo, o teatro como senso de luta e a importância da psicologia preta. Eu fiquei com a missão de escrever sobre a presença preta na comunicação”, conta Carmen Lúcia.
No
livro, Carmem fala sobre ser uma jornalista que trabalhou grande parte da
carreira no ramo de moda, beleza e entretenimento e as experiências de muitas
vezes ser a única negra em eventos e em algumas redações. Segundo ela, foi só
com o tempo que conseguiu entender o significado que a sua presença tinha
naqueles locais e como isso afetaria as gerações futuras.
“Não é de hoje que eu questiono a ausência de
jornalistas negros ocupando cargos de protagonismo no ambiente midiático. Essa
invisibilização nunca foi natural aos meus olhos. Ao fazer a pesquisa para o
meu artigo do livro, me deparei com este dado: a revista Vaidapé, em 2017,
apontou que apenas 3,7% dos apresentadores dos programas de TV são negros. Como
driblar o sistema que por anos perpetuou um padrão como o belo, o certo, o
desejado e abrir espaço para nós? Eu decidi lutar de dentro. Primeiramente como
repórter trazendo as mais variadas pautas pretas para as manchetes. E entenda,
não estou falando de pautas que envolvam apenas racismo, somos mais do que
isso. Produzimos diversos conteúdos que merecem ser vistos”, conta a
jornalista.
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