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Adriano Sousa. (FOTO/ Reprodução/Facebook). |
Oh! Altaneira, me responde...
O teu destino quem dita?
O povo que te governa
Em que modelo acredita?
Que fizeste em tua aurora
Para herdar essa desdita?
Altaneira, Altaneira...
Que te reserva o futuro?
Não me deixes iludido,
Não me negues este furo...
Teu porvir será de glória
Ou permanece obscuro?
Que fazem teus governantes
Que não acertam o passo?
Que brigam pelo poder
Unidos no mesmo laço
Ignorando os opostos
E seguindo o mesmo traço?
Até quando... Altaneira....
Duas famílias ou três
Rasgarão as tuas vestes
Apostando, por sua vez,
Quem guiará teu destino
Como tanto já se fez?
Oh! Altaneira querida...
Tu és mais uma cidade
Aonde os governantes
Provando incapacidade
Dizem ser recursos parcos
A tamanha má vontade.
No teu governo não pode
Faltar a sabedoria
Faltando isso, não é governo.
É capricho, é covardia.
Se falta boa vontade
É desonesto em demasia.
Até quando... Altaneira...
O governo de tua gente
Será os que te abandona
De maneira displicente
E só uma vez por semana
Comparece e diz: presente!
Até quando o teu palácio
Que tanto muda de nome
Ostentara presidente
Que tua seiva consome
Deixando o pobre mais pobre
E depois do mandato, some?
Até quando... tuas nascentes,
Temerão ser soterradas
Trocadas pelo progresso
E pra sempre ignoradas
E sua defesa honrando
Siglas que estão filiadas?
Até quando... tua lagoa
Será um mero projeto?
Todo ano visitada
Por um qualquer arquiteto
E o governante negando
Assinatura em decreto?
Até quando tua pobreza
Será - pra muitos - pilhéria?
Ignorando os mais pobres
Negando ser coisa séria
E usando o teu nome
Como indústria da miséria?
Até quando... Altaneira
Ouviremos teu lamento
Quando pisam teu passado
Sem o menor sentimento
Enquanto os teus benfeitores
Repousam no esquecimento?
Até quando... Altaneira
O que se diz liderança
Será sempre afilhado
E herdeiro da bonança
Negando direito e posse
Ao cavaleiro da esperança?
Altaneira, até quando
Tu perderás a aposta?
E acreditarás em todos
Que rodeia tua costa
Com tanto riso na pergunta
E decepção na resposta?
Quando será, Altaneira,
Que o teu povo sofrido
Assentará no palácio
Um nome novo, escolhido,
Para que o sol da justiça
Chegue ao desfavorecido.
Pois só assim, Altaneira
Verás a felicidade
Quando o teu povo sofrido
Souber o que é igualdade
Pois só assim os teus filhos
Voltam à maternidade.
Quando o povo for um só
E não houver divisões
E o poder constituído
Acabar com as exclusões
E quando os donos do poder
Forem justo às decisões.
Só nesse tempo, Altaneira
Celebrarás liberdade
E figurarás no peito
Com a maior vaidade
O adjetivo ALTANEIRA
Marca de felicidade.
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Adriano Sousa é escritor, poeta, ex-presidente da Academia de Letras do Brasil/ Seccional Araripe (ALB/Araripe-CE). Atualmente é diretor de patrimônio desta mesma entidade.
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