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Em
1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista, uma das
obras mais importantes da História. Por mais que o episódio tenha acontecido há
172 anos, a publicação continua moldando o comunismo moderno.
“Um fantasma ronda a Europa — o fantasma do
comunismo”, iniciam os autores. O texto foi primeiramente elaborado para a
Liga Comunista, uma organização internacional da qual Marx e Engels faziam
parte. Agrupando artesãos e operários europeus, os teóricos passaram a discutir
questões de classe durante as reuniões.
Praticamente
um panfleto político, o Manifesto consolidou a maioria das ideias que rondava
os socialistas da época, agrupando os ideais revolucionários em uma obra só. A
luta de classes entre a burguesia e o proletariado assim como a abolição da
propriedade privada eram aspectos intrínsecos a análise materialista da
sociedade desenvolvida pelos dois.
A
síntese escrita por eles tornou-se a base do movimento moderno como o
conhecemos. Em meados do século 19, eles já proclamavam que "a história de toda a sociedade até então
existente é a história das lutas de classes". Além disso, ao final,
afirmam: "os proletários não têm
nada a perder, a não ser suas correntes. Eles têm um mundo para vencer.
Trabalhadores do mundo uni-vos!".
O
livro foi primeiramente publicado em Londres, o centro das revoluções que
estavam transformando substancialmente a sociedade europeia — com consequências
ao redor do globo também.
O
momento de mudanças radicais inspirou e empurrou os comunistas ao
questionamento sobre o que estava acontecendo na Europa. A complexa relação que
estava sendo estabelecida entre as classes sociais fazia com que, mesmo que o
trabalhador fosse o maior responsável pela produção nas fábricas, ele continuava
em extrema pobreza, em contraste a seus chefes.
Marx
e Engels anteciparam muitos acontecimentos e transformações que viriam a
acontecer apenas muito tempo depois. A globalização e revoluções feitas pelo
povo são alguns dos exemplos importantes do livro. Mal acabara de ser publicado
o Manifesto, acontecia a Revolução francesa de 1848, por exemplo.
As
propostas também iam de encontro a muitas das ideias que percorriam o
continente naquela época. Sugerir a participação dos trabalhadores no processo
político em uma época em que muitos eram contra até mesmo o voto universal fez
parte de um movimento radical nas teorias da Europa. Mais que isso: eles
defendiam a ideia de que os próprios proletários deveriam conduzir a
transformação na sociedade, em um movimento até o comunismo.
Eles
acreditavam ainda que isso seria inevitável. A vitória dos trabalhadores
colocaria um fim ao capitalismo que estava sendo moldado e continua
sobrevivendo até os dias de hoje. Se autodestruindo, o sistema seria
substituído pelo socialismo, e, depois, finalmente, pelo comunismo.
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Com
informações do Aventuras na História.
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