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A produção do conhecimento, fonte de emancipação de um povo, não está nos planos de quem deu o golpe. (FOTO/Marcha pela ciência/Divulgação). |
O
golpe de 2016, que resultou no impeachment da então presidenta Dilma Rousseff
(PT), foi especialmente devastador para a pesquisa e a ciência.
Dados
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) mostram
que o país vivia uma importante expansão do orçamento voltado ao
desenvolvimento da ciência e à formação de mestres e doutores desde 2004.
No
entanto, a partir do governo de Michel Temer (MDB), teve início uma escalada de
cortes nos recursos. A preocupação e insegurança são grandes entre os aos
pesquisadores brasileiros e também nos centros de pesquisa, diante da
possibilidade de interrupção de muitos trabalhos. Na ciência, que avança a cada
dia com novas descobertas, pesquisa interrompida é praticamente sinônimo de
pesquisa perdida.
No
caso do CNPq, a redução do orçamento vem desde o golpe e chegou ao limite este
ano, deixando o órgão deficitário em R$ 330 milhões. Foram suspensas 4.500
novas bolsas. E cerca de 84 mil bolsistas estão sem saber o que vão fazer a
partir deste mês. Se nada for revertido, não haverá continuidade do pagamento
de bolsas para pesquisa em andamento.
Na
Capes, este ano, o corte de 3.474 bolsas de estudo para estudantes de mestrado,
doutorado e pós-doutorado levou pesquisadores que atuavam em dedicação
exclusiva – por exigência da própria agência – a trabalhar como garçons e vendedores
para se sustentar. E ver suas pesquisas abandonadas.
Criado
para promover o intercâmbio de pesquisadores brasileiros em diversas
universidades estrangeiras, o programa Ciência sem Fronteiras, foi criado em
2013. O orçamento inicial era de R$ 1,2 bilhão. Dois anos depois já contava com
R$ 3,2 bilhões. Com o golpe foi severamente esvaziado, até praticamente acabar.
Ao
todo foram distribuídas 64 mil bolsas para graduação, 26 para doutorado e pós,
7 mil para desenvolvimento tecnológico, entre outras áreas. Hoje é apenas 0,22%
disso: R$ 7 milhões. Dos mais de 100 bolsista que o Brasil chegou a mandar para
o exterior, restam 5 mil.
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Com
informações da RBA.
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