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Nova versão, que está sendo analisada, mantém ataque aos trabalhadores, de acordo com Fatorelli à Radio Brasil Atual. (FOTO/Pablo Valadares/Câmara dos Deputados). |
A
comissão especial que analisa a “reforma” da Previdência está reunida nesta
quinta-feira (4) para dar início à votação do parecer do relator, deputado
Samuel Moreira (PSDB-SP). Como reportado pela RBA, a terceira edição do
relatório trouxe uma versão “piorada”,
considerada um risco aos direitos dos mais pobres para beneficiar os bancos
privados.
Coordenadora
da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fatorelli avalia que o parecer
comprova que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 está sendo
“mandada pelo sistema financeiro” e representa um ataque brutal contra os
trabalhadores. “Ela vem conectada com o
desmonte que a reforma trabalhista já tratou de fazer. Nenhuma vaga de emprego
formal foi criada depois da reforma, só informalidade, porque ela admite coisas
absurdas”, afirma Fatorelli aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria,
da Rádio Brasil Atual. “Essa reforma não
pode passar.”
A
nova versão do texto preocupa os parlamentares da oposição, mas também deixou
atônitos os que apoiam o governo, que levantaram dúvidas quanto às mudanças. “Isso demonstra que não houve diálogo sequer
entre a própria base”, avalia a coordenadora. Entre diversos pontos
alterados, a manobra política realizada pela noite desta quarta e madrugada
desta quinta permitiu que a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL), a ser aplicada aos bancos, fosse reduzida de 20% para 15%.
Mais ataques
Ainda
nesta quarta (3), o Congresso aprovou duas alterações em lei que irão permitir
o início de uma nova fase na operação “pente-fino”
no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para rever aposentadorias por
invalidez e auxílio doença. Os peritos poderão terão ainda bonificações
diárias. Ao todo, foi autorizado o repasse de R$ 223,8 milhões para efetuar
esses pagamentos.
“Não é aí que está o rombo da Previdência”,
critica Fatorelli em referência ao argumento do governo que desconsidera o
pagamento com a dívida pública. “Isso que foi votado admite que sejam cortados
os benefícios previamente, diante de qualquer indício, e até que se consiga
marcar de novo uma perícia… Isso atinge principalmente pessoas pobres, que não
têm acesso ao serviço de advogado, muitas vezes não são nem sindicalizadas”,
contesta a coordenadora, considerando ainda a proposta como um “extermínio”. “É
a intenção. Uma parte da população doente, que não consome, que ganha pouco,
essas pessoas não interessam para o mercado. Olha o grau de desumanidade.”
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Com informações
da RBA.
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