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Professores e alunos dos municípios de Altaneira e Noa Olinda em roda de conversa (2016) para debater as medidas autoritárias de Temer. (Foto: Ana Cleide, da EEFM Padre Luís Filgueiras). |
O
Supremo Tribunal federal (STF) julgará nesta quinta-feira (30) a
constitucionalidade da Medida Provisória (MP) 746/2016, que institui a reforma
do ensino médio, por meio da Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI) 5599
movida pelo Psol. Sancionada por Michel Temer, no início deste ano, a proposta
de reelaboração das diretrizes escolares é criticada por professores,
estudantes e especialistas por alterar parar pior a composição do currículo e
comprometer a educação brasileira.
Na
sexta-feira (24), alunos e professores das escolas estaduais de São Paulo
ocuparam a Avenida Paulista, na região central da capital, e protestaram pela
revogação da reforma do ensino médio, reivindicando também maior participação
no processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e ampliação
dos investimentos e recursos para as escolas.
Para
a professora de Sociologia Michelle Souza da Silva que leciona na Escola
Estadual Augusto de Carvalho, localizada na Freguesia do Ó, zona norte da capital
paulista, a reforma promove o que classifica como “apartheid educacional” por precarizar ainda mais as condições de
trabalho dos docentes e, ao flexibilizar as disciplinas, acabar por esvaziar o
currículo escolar. “Na medida que você
coloca a obrigatoriedade de cursar duas disciplinas e as demais você tem a
escolha, sem ser uma oferta equivalente para todos os estudantes, isso vai
afastar, impedirá que parte dos alunos tenham acesso à educação formal”,
explica.
O
vice-presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo (Apeosp), Roberto Guido, destaca ainda que a entidade também reivindica a
revogação da reforma. “Ela tem um caráter
privatista, empobrece o currículo, ela vende um produto que a sociedade não
terá acesso, como o estudante poder escolher seu percurso escolar. Para isso
ocorrer você precisa ampliar os investimentos e não reduzi-los”, critica
Guido em entrevista à repórter Beatriz Drague Ramos, da Rádio Brasil Atual.
(Com informações da RBA).
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