O
Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) artigo da
reforma política (PEC 182/07) que acaba com a reeleição nos cargos executivos
(presidente da República, governadores e prefeitos). A medida foi aprovada com
o apoio majoritário das bancadas: 452 votos a favor, 19 contra e 1 abstenção.
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Plenário aprovou o tema com amplo apoio dos partidos. Foram 452 votos a favor e 19 contra. |
O
texto aprovado é o do relatório do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que prevê
uma transição. O fim da reeleição não se aplicará aos governadores eleitos em
2014 e aos prefeitos eleitos em 2012, nem a quem os suceder ou substituir nos
seis meses anteriores ao pleito subsequente, exceto se já tiverem exercido os
mesmos cargos no período anterior.
A
exceção para o cargo de presidente da República não cabe porque a presidente
Dilma Rousseff, já reeleita, não poderá se candidatar novamente em 2018.
Histórico
A
reeleição nunca fez parte das Constituições brasileiras até a Emenda 16, de
1997, cujo processo de análise se iniciou em 1995 – PEC 1/95, apresentada pelo
deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
Desde
antes de sua implantação, o tema não obteve consenso no Parlamento. Seus
defensores argumentam que quatro anos de mandato podem se mostrar insuficientes
para a implantação de projetos de governo mais duradouros.
Os
contrários argumentam que a reeleição permite o uso da máquina pública e desvia
o mandatário/candidato das atribuições da governança no ano de eleições. Outros
defendem mandatos maiores para compensar o fim da reeleição.
A
proposta de mandatos maiores será debatida pela Câmara a partir desta
quinta-feira (28), quando será retomada a votação da reforma política. A PEC
está sendo analisada em primeiro turno pelo Plenário.
Temas aprovados
O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, comemorou a aprovação de temas da reforma
política nesta quarta-feira. Além do fim da reeleição, foi aprovada a doação de
empresas para partidos políticos. Na terça-feira, todos os itens em votação
haviam sido rejeitados, incluindo as propostas de alteração no sistema
eleitoral.
"Política é isso. Às vezes, você num dia não
consegue uma compreensão melhor do processo e, no outro dia, os deputados
acabam vendo que, se nós colocamos uma pauta como essa, tinha que ter algum
tipo de decisão que mudasse alguma coisa. Começaram hoje a decidir por alguma
mudança. Pena que não conseguimos mudar algo do sistema eleitoral neste
momento, mas já foi uma grande evolução a gente conseguir aprovar o fim de
reeleição", disse Cunha.
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