A
população negra, que responde por 50,7% dos brasileiros conforme o Censo 2010
do IBGE, ocupa apenas em torno de 30% do funcionalismo brasileiro nas esferas
federal, estaduais e municipais. A informação é dos pesquisadores do
Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das
Relações Raciais (Laeser), do Instituto de Economia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ).
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Icaro, Médico do Programa Saúde da Família de Salvador, é exceção em sociedade excludente. |
Em
2010, dos pouco mais de 180 mil funcionários públicos estatutários que ocupavam
posições de diretores e gerentes, a maioria era branca: 64,1%. Os pretos e
pardos, 34,8%.
Entre
os profissionais das áreas científicas e intelectuais (1.600.486 estatutários),
a participação de negros subia para 37,6%. Mas especificamente entre os
médicos, esta proporção não chegava a um quinto, equivalendo a 17,6% do total.
Entre os professores universitários, não alcançava um terço do total.
A
participação negra, conforme os pesquisadores do Laeser, aumenta entre as
ocupações de menor prestígio e remuneração. Entre os profissionais técnicos e
de nível médio correspondiam a 44,5%. Já entre os empregados em ocupações
elementares, o percentual era de 60,2%, aumentando entre os coletadores de lixo
e de material reciclável: 70,2%.
Para
os pesquisadores, as discrepâncias refletem as desigualdades de cor ou raça no
mercado de trabalho brasileiro como um todo. Assim, mesmo no setor privado, é
habitual encontrar trabalhadores brancos em posições e grupamentos ocupacionais
mais prestigiados e melhor remunerados. O inverso ocorre entre os trabalhadores
pretos e pardos.
Via
Rede Brasil Atual
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