![]() |
Entre as matérias do ano parlamentar, a maior presença femi nina nas mesas diretoras e nas comissões. |
O
Congresso Nacional retoma os trabalhos após o recesso, em 14 de fevereiro, com
um pacote de projetos de cidadania que estão prontos, ou quase, para serem
votados em plenário.
O
primeiro deles, o Projeto de Lei 6.738/13, que reserva 20% das vagas em
concursos públicos federais para negros, trancou a pauta da Câmara em 23 de
dezembro e deve ir a voto após passar pela Comissão de Constituição e Justiça.
“Os novos integrantes da CCJ serão eleitos no
retorno do recesso, e então precisaremos escolher o relator para o projeto, mas
acredito que seja aprovado logo, inclusive pelo prazo, já que o governo federal
encaminhou o texto com urgência. É claro que os projetos que lidam com direitos
dos trabalhadores sempre encontram a oposição de determinados setores, mas não
vejo ampla articulação contra essa lei”, afirma o deputado federal Vicente
Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), relator do projeto de cotas nos concursos
públicos na Comissão de Trabalho e líder da bancada petista na Câmara.
Já
as matérias prontas para o plenário são a PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 590/06, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que prevê
a obrigatoriedade de parlamentares mulheres nas mesas diretoras da Câmara e do
Senado, bem como nas comissões; e o texto substitutivo de um projeto de autoria
do senador Paulo Paim (PT-RS), que torna crime a discriminação nas relações de
trabalho.
“A PEC está pronta há sete anos, mas até
agora o Colégio de Líderes não a colocou em pauta. Essa será uma das
prioridades da bancada feminista na Casa este ano”, destaca a deputada Jô
Moraes (PCdoB-MG). O Colégio de Líderes tem apenas uma mulher, a deputada
Manuela D'Ávila (PCdoB-RS).
Na
atual Legislatura, as mulheres correspondem a apenas 9% do total de
parlamentares, com 45 deputadas, embora sejam 51% da população brasileira. Se
aprovada, a PEC 590/06 garantiria a presença de no mínimo uma mulher na mesa
diretora e em cada uma das comissões permanentes da Câmara e do Senado.
O
projeto de combate à discriminação nas relações de trabalho, há oito anos em
tramitação na Câmara, passou pela última revisão da Comissão de Direitos
Humanos em dezembro e tem condições de ir a votação já em fevereiro.
O
texto prevê prisão de dois a cinco anos e multa a quem deixar de contratar,
dificultar a contratação ou barrar uma promoção funcional por questão de raça,
cor, sexo, religião, aparência, condição social, descendência, origem nacional
ou étnica, idade ou pessoa com deficiência. Caso seja aprovado na Câmara, o
texto ainda depende de avaliação do Senado.
Via
Rede Brasil Atual
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!