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Rodrigo Janot, Procurador-geral da República |
A
insuficiência no número de servidores públicos nos órgãos federais de controle
tem dificultado as ações de combate à corrupção e improbidade administrativa. A
avaliação é do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
"Isso
compromete realmente o sistema de controle. A gente tem que trabalhar para
incentivar ou fortalecer esses órgãos parceiros, para que eles possam atuar em
toda a sua plenitude", disse nessa segunda-feira, 9, o procurador, em
evento sobre combate à corrupção.
Durante o evento em comemoração ao Dia
Internacional Contra a Corrupção, foram apresentados dados que mostram a
deficiência de servidores em órgãos essenciais para o controle das contas
públicas, como a Controladoria-Geral da União, que estaria com um déficit de
1.300 servidores para atua na análise de financiamento e controle.
"Temos a preocupação de que o governo esteja
abdicando de maior controle das contas públicas, pois tais recursos não sofrem
fiscalização efetiva pelos órgãos passadores”, disse a coordenadora da 5ª
Câmara de Coordenação e Revisão da Procuradoria-Geral da República, Denise
Vinci.
O
ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, reconheceu a
defasagem de servidores e defendeu a importância de parcerias entre os órgãos
para dar mais efetividade ao combate à corrupção. "É fundamental que haja esse intercâmbio, não só de informações, mas de
investigações, para que se possa fazer frente à corrupção", afirmou.
De
acordo com Hage, também é preciso que a Justiça reduza o número de recursos nas
ações judiciais que tratam de corrupção. "É preciso reduzir os recursos jurídicos, principalmente para os réus
endinheirados, pois eles fazem com que uma ação dure em média 15 anos e, com
isso, o crime acaba prescrevendo, o que leva à sensação de impunidade",
disse o ministro, que defendeu a reforma do processo judicial ao lado da
reforma política, como medidas essenciais para o combate à corrupção.
Via Agência
Brasil/O Povo
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