O
ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso escreveu artigo e publicado
no Estadão. Intitulado de “Cartas na Mesa”, o artigo revela o cinismo, a
hipocrisia e a audácia de um político que não cansa de envergonhar a classe de
sociólogos e, com raras exceções, de políticos partidários também.
Fora
da disputa presidencial de 2014, o FHC sumiu dos holofotes e, quando aparece
demonstra que o cinismo é , não sem razão, a sua principal característica.
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Artigo escrito por FHC e publicado no Estadão demostra o seu próprio cinismo |
Vejam
o que disse: “... Em vez de preparar o Brasil para um futuro mais eficiente e
decente, com regras claras e competitivas que incentivassem a produtividade, o
"modelo" retrocedeu ao clientelismo, ao protecionismo governamental e
à ingerência crescente do poder político na vida das pessoas e das empresas. E
não apenas graças a características pessoais da presidenta: a visão petista
descrê da sociedade civil, atrela-a ao governo e ao partido, e transforma o
Estado na mola exclusiva da economia. Pior e inevitável, a corrupção, independentemente
dos desejos de quem esteja no ápice, vem junto. Tal sistema não é novo, foi
coroado lá atrás, ainda no primeiro mandato de Lula, quando se armou o
mensalão. Também neste caso há responsáveis políticos e nem todos estão na
lista dos condenados pelo Supremo”.
Parece
que o FHC gosta de usar bem da hipocrisia, do cinismo em larga escala. Devo lembra-lo
que nos seus dois mandatos, o Brasil teve a pior média de crescimento da
economia. Durante o período que o Brasil esteve sob o comanda tucano, esse
setor cresceu irrisoriamente 2,4%. Dados que inclusive supera a taxa média da chamada década perdida, nos anos 80, que
girou em torno de 3,2%.
Não
se pode esquecer, embora ele faça questão de não mencionar que na década tucana,
o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia
das almas. Teoricamente, tal operação objetivava diminuir a dívida pública, ao
passo que serviria para atrair capitais. Na prática testemunhou-se uma
avalanche na dívida pública, haja vista um crescimento vertiginoso desta. De R$ 60 bilhões, a dívida interna pulou para
R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.
Se
não bastasse isso, a tucanada, no comando deste país foi a que mais se utilizou
das ferramentas midiáticas, seja para apoiá-los durante os processos
eleitorais, seja na famosa “operação abafa”, o que impedia as apurações dos
casos de corrupção em seu governo. Quem não se lembra que um dos primeiros
atos do FHC para agradecer os votos obtidos foi extinguir, por decreto, a
Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e
composta por representantes da sociedade civil, que tinha como finalidade
combater a corrupção?
É
FHC, você faz questão de esquecer. O povo, e esse humilde professor e blogueiro
não.
Quem
não se lembra que os dois processos eleitorais dele, o de 1994 e o de 1998 foi marcado
pelo, ao menos foi levantado dados de um caixa-dois, onde na primeira campanha algo em torno de R$ 5 milhões não apareceram
nas prestações de conta entregues ao Tribunal Superior Eleitoral? Quem já esqueceu, no ano de 1996, do
engavetamento da CPI dos bancos?
E
as privatizações da Telebrás e da vale do rio doce? Alguém lembra? Ah, FHC. Não
paremos por aqui.
Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES
flagraram conversas do então Ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de
Barros e o presidente do BNDES, André Lara Resende, articulando o apoio da
Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos
donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende.
Mas o “chefe” não pderia ficar de fora. FHC
entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de
pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
Para
finalizar, não que não tenha mais fatos, mas porque acredito que esses já são
dados suficientes para que você, leitor desse blog, possa tirar sua conclusões.
O golpe de mestre (mestre dos maus). A emenda da reeleição, em 1997, foi um golpe
para lhe beneficiar.
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