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Vaticano reafirma normas tradicionais da igreja católica sobre a homossexualidade e o aborto |
Em
um manual distribuído, no Rio de Janeiro, aos 350 mil jovens que participam da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Estado do Vaticano reafirma as posições
tradicionais da Igreja Católica Romana sobre a homossexualidade, o aborto e o
casamento, entre outros temas considerados éticos.
Escrito
em vários idiomas, o manual indica que o papa não pretende reformular as normas
vigentes na Igreja que proíbem o casamento entre pessoas do mesmo sexo e que
também condenam qualquer forma de aborto e a prática de relações homossexuais.
Esses itens não estão incluídos na agenda de reforma que Francisco planeja
introduzir no Catolicismo Romano durante o seu pontificado.
Distribuído
também aos acompanhantes do voo da Alitalia que trouxe o papa ao Brasil, o
documento afirma que "o desenvolvimento da criança depende de uma
estrutura familiar formada por pai e mãe, e que os católicos devem ser
realistas", ou seja, "nascemos meninos ou meninas".
Diz
também o manual que "ter um filho não é um direito", e que "o
filho não é um bem de consumo, que viria ao mundo em função das necessidades ou
dos desejos dos pais; embora o fato de alguém não poder ter filhos seja fonte
de sofrimento, essa reedificação dos lobbies homossexuais não e legítima; é
preciso um homem e uma mulher para gerar um filho (...) querer ignorar essa
exigência biológica é um forte indício de que a reivindicação não é justa”.
Ao
condenar as pesquisas sobre células-tronco e embriões, o documento aprovado
pelo papa repete a teoria da constituição do ser humano desde o primeiro
momento da fecundação do óvulo. No Brasil, essas pesquisas foram aprovadas em
2008 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O
texto diz também que a condenação à homossexualidade não significa que a Igreja
aprove a homofobia. Em um livro recentemente lançado na Argentina ("Papa
Francisco, em suas próprias palavras"), o papa adota uma postura não
condenatória dos homens e das mulheres que adotam essas práticas: "Se
Deus, na criação, correu o risco de nos fazer livres, quem sou eu para me
meter?".
Além
desses temas polêmicos, outras questões desafiam a agenda de reformas de
Francisco: são elas as questões da infalibilidade do Papa, a ordenação
sacerdotal de mulheres, o fim do celibato obrigatório para o clero, a liberação
do controle da natalidade, o casamento de pessoas divorciadas e a situação de
milhares de padres casados.
Via Carta Maior
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