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Deputado Marco Maia (PT - RS) |
O
ditado popular “quem com ferro fere, com ferro será ferido” vai ser usado pelo
ex-presidente da Câmara, o Deputado petista Marco Maia contra o Superior
Tribunal Federal - STF.
Entenda o caso
Em
meio a disputa entre os poderes Judiciário e Legislativo, que se acusam
mutuamente de interferência, o ex-presidente da Câmara, deputado Marco Maia
(PT-RS), anunciou que vai apresentar Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
que limita a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar está
recolhendo as 171 assinaturas necessárias para a apresentação da proposta.
Pelo
texto, a suspensão por liminar de lei ou emenda constitucional, nas ações
diretas e declaratórias de inconstitucionalidade, somente poderá ocorrer por
decisão do pleno do tribunal, e não de forma monocrática, como ocorre
atualmente.
Para
Marco Maia, “não é razoável” que decisões tomadas de forma democrática, por
ampla maioria dos parlamentares sejam impedidas de entrar em vigor em virtude
de apenas um ministro do STF. “Não é bom para o relacionamento entre os poderes
que decisões que sejam tomadas pelo Parlamento por ampla maioria, sejam
anuladas pela decisão de apenas um ministro do STF”, sustenta.
Como
exemplo, o deputado cita a lei que decidiu sobre a distribuição dos royalties
do petróleo. Maia ressaltou que foram mais de quatro anos de discussão para se
chegar a um entendimento. E, depois de aprovado com “uma grande maioria de
votos favoráveis, e de sancionada pela presidenta, (a lei) foi sustada pela
decisão de um ministro”.
A
medida pode representar mais uma etapa na polêmica entre os dois poderes,
iniciada com a liminar do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a análise, no
Senado, do projeto que dificulta a criação de partidos. A decisão ocorreu após
a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovar, no último dia 24,
a PEC que submete decisões do Supremo à análise do Congresso.
A
proposta prevê que o Congresso Nacional referende as súmulas vinculantes, as
ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) e as ações declaratórias de
constitucionalidade (ADC) emitidas pelo STF. O texto, de autoria do deputado
Nazareno Fonteles (PT-PI) ainda prevê que, caso o Congresso se posicione contra
a decisão do Supremo, a questão irá para consulta popular. A proposta também
amplia de seis para nove o número mínimo de ministros do STF necessários para declarar
a inconstitucionalidade das leis.
Com
informações do Portal Vermelho
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