Para pesquisadores, uso intenso de smartphones provoca alteração no cérebro


O EEG monitora e registra a atividade elétrica do cérebro.
A utilização intensa de certos tipos de telefones celulares está provocando uma alteração no cérebro de usuários pela adaptação à nova atividade motora. A conclusão faz parte de um estudo feito pelo Instituto de Neuroinformática da Universidade de Zurique, que analisou as reações de um grupo de 37 voluntários.

Segundo os pesquisadores, os cérebros dos usuários dos chamados smartphones estão sendo alterados pela operação repetida das telas de toque.

Para medir a atividade cerebral do grupo, os cientistas utilizaram a técnica conhecida como eletroencefalografia ou EEG na sigla em inglês. Eles perceberam diferenças marcantes entre os usuários de smartphones e aqueles que utilizavam celulares "convencionais".

Analisando os resultados do EEG, os cientistas concluíram que os usuários de smartphones demonstravam maior destreza no uso dos dedos.

Dos 37 voluntários, 26 eram usuários de smartphones com telas de toque e 11 se mantinham fieis aos modelos mais antiquados de celulares.

Segundo relatório, condições ambientais melhoram no Brasil



As políticas públicas dos últimos dez anos para o meio ambiente desdobraram-se em resultados positivos para a proteção e conservação de espécies e biomas. De acordo com dados do Painel Nacional de Indicadores Ambientais (PNIA), no período entre 2011-2012, dentro das unidades de conservação federais, houve um aumento superior a 8% na proporção das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

O PNIA é uma amostra dos resultados da implementação de monitoramento ambiental, e tem como objetivo consolidar o Sistema Nacional de Informação do Meio Ambiente (Sisnima) como compartilhador de dados ambientais no âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

As análises da série histórica 2004 a 2012, dos Planos de Ação Nacional (PAN) para recuperação e a conservação das espécies da fauna ameaçadas de extinção, revelam que no ano de 2008 houve um crescimento em mais de 12 vezes do número de espécies ameaçadas de extinção protegidas com PAN, representando 49% das espécies.

Em relação à análise da cobertura vegetal no período 2002 a 2009, os biomas Mata Atlântica, Pampa e Pantanal mantiveram suas áreas estáveis, pouco mais de 200 mil km², cerca de 120 mil km² e 150 mil km², respectivamente.

No mesmo período, a Caatinga perdeu cerca de dois mil km² e o Cerrado 190 mil km², aproximadamente. Em sentido oposto, entre 2004 e 2012 destaca-se a queda no desmatamento do bioma Amazônia, de 27,8 mil km² para 4,5 mil km². Uma redução de 83%.

Entre os anos 2002 e 2012, o número de unidades de conservação registradas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC) passou de 1.160 para 1.800 unidades. Um aumento em 74% do território protegido.

Edezyo e Antonio Leite deixam Câmara de Altaneira e assumirão cargos de secretários em 2015


O Poder Legislativo do município de Altaneira composto por nove vereadores e conta atualmente no quadro de assento com um suplente em face da convocação do prefeito Delvamberto Soares (Pros) ao parlamentar eleito Deza Soares (Pros) para assumir o posto de Secretário da Educação, passará a partir de 2015 a ter dois suplentes assumindo oficio de legislador e fiscalizador.

Publicação de portarias de nomeação de Antonio Leite e
Edezyo Jalled para assumirem secretaria no executivo municipal
datam  do dia 18 de dezembro.
O fato se configurou tão logo foi eleita à nova mesa diretora da casa, onde Lélia de Oliveira com mandato pelo Partido Comunista do Brasil – PCdoB foi reeleita com votos do grupo oposicionista a administração municipal. Os vereadores Edezyo Jalled (SDD) e Antonio Leite (Pros) foram os que mais ficaram abalados com o ocorrido que os denominou de “traição” por parte da edil comunista. Os mesmos esperavam o seu apoio para a candidatura de Antonio previamente lançada.

Em conversa informal com este blogueiro Antonio afirmou que sua decisão em deixar a casa se deu em virtude de não se sentir representado pela vereadora reeleita e que pretende fazer muito a frente da Secretaria de Infraestrutura, cargo que já exerceu antes de se lançar candidato.

A portaria de nomeação do representante do Partido Republicano da Ordem Social como Secretário de Infraestrutura, assim como também de Edezyo Jalled para assumir o posto de Secretário de Governo já foi assinada pelo prefeito em Exercício, o vice José Eles de Oliveira (Dedé Pio) no último dia 16 de dezembro, porém suas publicações no Diário Oficial dos Municípios datam do dia 18 do mesmo mês. Nessa mesma data tem as publicações de exonerações de Albino Alves e Francico Dariomar Soares que exerciam as titularidades nas pastas da Infraestrutura e Governo, respectivamente.

Devem assumir as vagas na Câmara os suplentes Robercivânia Oliveira (PSB) Flávio Correia (SDD), já que há a expectativa do retorno de Deza Soares (Pros).

Em levantamento Roger e Neto são apontados como os piores comentaristas



Os ex-jogadores que hoje em dia atuam na crítica de televisão estão na mira dos boleiros. Dois deles foram eleitos o melhor e o pior comentaristas da atualidade. Caio Ribeiro está com moral com os atletas da elite do país, enquanto que Roger Flores é o que apresenta maior rejeição.

Roger Flores (da Rede Globo/Sportv) e Neto ( da Bandeirantes) são apontados no "Pesquisão 2014" como os piores comentaristas. Quadro montado por este blogueiro. 
É isso o que aponta um levantamento do UOL Esporte, que ouviu 108 jogadores, de 13 equipes que disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro. A série "Pesquisão 2014" vem divulgando nos últimos dias as preferências dos boleiros sobre seus colegas, treinadores, árbitros, estádios, profissionais de TV, entre outros quesitos.

Neste trabalho, a reportagem ouviu jogadores de Botafogo, Atlético-MG, Atlético-PR, Chapecoense, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco.

Caio Ribeiro, da Globo, foi eleito o melhor comentarista com 33,64% dos votos. Em seguida apareceu Paulo Vinícius Coelho, que recentemente deixou a ESPN, com PVC. Logo depois, mais dois ex-jogadores: Juninho Pernambucano e Júnior.

Por sua vez, Roger foi eleito o pior comentarista, na votação entre jogadores. O comentarista de Globo/Sportv ficou com 25,92% das menções. Em seguida apareceram Neto (Bandeirantes) e Lédio Carmona (Sportv).

Outros ex-jogadores também apareceram em ambas as votações, como Casagrande, Muller, Belletti, Zé Elias e Denílson. Confira abaixo as listas completas.

Atletas criticam conduta de Roger

Roger se tornou uma espécie de 'persona non grata' entre os jogadores do Rio de Janeiro. Um exemplo foi o que aconteceu no camarote do Carnaval na Sapucaí neste ano. Muitos boleiros evitaram de passar perto do comentarista.

O UOL Esporte apurou que a bronca dos atletas se dá porque o comentarista costuma criticar a postura dos jogadores em campo, sendo que Roger, na época de atleta, não seria um exemplo de conduta. 

"Não dá para gostar de um cara que agora está do lado de lá e só fica nos queimando. Cumprimentei apenas por educação", disse um jogador que pediu para não ser identificado, em fevereiro.

Os jogadores votam: o melhor comentarista da TV

33,64%
Caio Ribeiro (TV Globo)

19,62%
PVC (ex-ESPN)

13,08%
Juninho Pernambucano (TV Globo)

11,21%
Júnior (TV Globo)

2,8%
Casagrande (TV Globo), Denílson (Bandeirantes) e Mauro Cézar Pereira (ESPN)

1,86%
André Loffredo (Sportv), Belletti (Sportv), Edmundo (Bandeirantes), Mario Sérgio (Fox Sports) e Mauricio Noriega (Sportv)

0,93%
André Rizek (Sportv), Armando Gomes (TV Santa Cecília/Santos), Carlos Eduardo Lino (Sportv), Renato Maurício Prado (Fox Sports) e Roger (Sportv)


Os jogadores opinam: qual o pior comentarista

25,92%
Roger (Sportv)

17,59%
Neto (Bandeirantes)

8,33%
Lédio Carmona (Sportv)

6,48%
Caio Ribeiro (TV Globo) e Carlos Eduardo Lino (Sportv)

5,55%
Bob Faria (Sportv/Globo)

4,62%
Casagrande (TV Globo)

3,7%
Edinho (Sportv)

2,77%
Paulinho Criciúma (Sportv)

1,85%
Baptista (Sportv), Júnior (TV Globo) e Muller (ex-Sportv)

0,92%
Alexandre Oliveira (Sportv), André Rizek (Sportv), Luiz Ademar (Sportv), Maurício Noriega (Sportv), Maurício Saraiva (RBS), PVC (ex-ESPN) e Zé Elias (ESPN)

6,48%
Não quiseram falar

O Che da Capa da Veja: Arqueologia de um Plágio



A capa da Veja é um plágio do grupo da ultra direita Virtous-Planet dos Estados Unidos, que tem a imagem protegida por direitos autorais.

O problema é que esta imagem protegida pelo grupo anti-comunista é também uma cópia de outra imagem recentemente protegida por direitos autorais – o retrato bicolor de Che do artista irlandês Jim Fitzpatrick (1967).


O problema é que a imagem bicolor também é uma cópia da fotografia de Alberto Kurda, que tirou o retrato mais famoso, mais compartilhado, mais amado e mais odiado da história.

Ainda bem que Korda era comunista e pouco se importava com os direitos sobre sua imagem Guerrilheiro Histórico, nem mesmo com a fama que o artista irlandês levou a custas de sua fotografia. Para ele, a livre circulação ajudou a reforçar as lutas marxistas e anti-imperialistas mundo afora.

***

Korda gostava mesmo era de fotografar mulheres bonitas.  Mas, segundo ele mesmo comentou, o comandante Fidel decretou uma coisa ainda mais bonita que beleza feminina: a revolução.

O que lhe rendeu fama não foi a bela silhueta feminina, mas a barba, a boina e o olhar de um guerrilheiro em um funeral.

No fim da vida, Korda decidiu começar a processar aqueles que faziam uso comercial e lucrativo de sua fotografia. Foi assim que processou e ganhou contra a Smirnoff. O dinheiro foi todo doado a um hospital de Cuba.


Jim Fitzpatick também passou a proteger a imagem para uso comercial e igualmente doa o dinheiro para o bem comum.

Se quiser usar a imagem de um guerrilheiro, faça isso para lutar pelas causas coletivas. Usos comerciais combinados com intenções reacionárias – como o caso da revista Veja – merecem o nosso repúdio e a devida punição.


Autoria, aberta ou protegida, deve ser sempre reconhecida. Este post é uma homenagem a Korda, que fotografou a imagem mais compartilhada do mundo. E que segue inspirando a todos nós, inclusive na luta contra a Veja e outros veículos que reproduzem o ódio.

A foto acima é de Julio Etchart

Zezé Mota será homenageada na IV Edição da Mostra Internacional de Arte da Mulher Negra



Ela nasceu Maria José Motta de Oliveira, mas ao se apresentar faz questão de dizer ou melhor, de cantar: “Muito prazer eu sou Zezé! Uma mistura de raça e cor, uma vida dura mas cheia de sabor.” Pelos os versos da música de Roberto de Carvalho e Rita Lee, Zezé Motta se apresenta e encanta o grande público. É considerada a diva das divas por sua memorável atuação no filme “Xica da Silva”, dirigido por Cacá Diegues.  Por sua premiadíssima interpretação, tornou-se uma das atrizes brasileiras mais conhecidas internacionalmente. São 50 anos de carreira e 70 de existência, de arte e de luta contra o racismo. Uma mulher de atitude, de vanguarda e de posicionamento firme diante dos desafios sociais. É criadora e presidente de honra do Centro de Informação e Documentação do artista Negro (CIDAN) e em 2005, teve seu nome incluso na lista das 1000 mulheres indicadas coletivamente ao Nobel da Paz.


Por sua envergadura artística e política, Zezé Motta é o tema da 4ª edição da Mostra Internacional de Arte da Mulher Negra. A Mimunegra acontece no dia 27 de dezembro, de 15h às 22h, no Teatro Dulcina (Rua Alcindo Guanabara, nº 17) no Centro do Rio de Janeiro, com entrada FRANCA! A programação inclui Exposição Fotográfica de Zezé Motta assinada por profissionais nacionais e internacionais; Prêmio Divas, concedido à Renata Felinto (Artes Visuais -SP); Dona Ivone Lara (Música), Aduni Benton (Teatro), Lia Vieira (Literatura), Eliete Miranda (Dança) e Vovó Maria (Personalidade); e o encerramento fica por conta do Show Zezé Motta canta Dona Ivone Lara, com participação especial da inglesa Folakemi.

Durante toda a programação, o público poderá fazer homenagens à Zezé Motta. Um pequeno tablado no foyer do teatro servirá de palco para manifestações como: esquetes, poesias, dança, música ou simplesmente para deixar depoimentos sobre a carreira artística da diva da Mimunegra 2014. A realização do evento tem o apoio da Fundação Cultural Palmares.

Histórico

A cada edição, a Mimunegra apresenta uma proposta de reflexão sobre o mundo artístico e a maneira como ele se relaciona com os seus diferentes atores, em especial com a mulher negra. A proposta das idealizadoras, as atrizes e produtoras Iléa Ferraz e Jana Guinond, é celebrar a participação da mulher negra nas artes e com isso, incentivar o fomento de políticas públicas, que valorizem a trajetória das artistas e produtoras negras.  A ideia é proporcionar visibilidade e impulsionar o mercado artístico brasileiro para gerar mais trabalho na produção, direção, roteiro e interpretação para um perfil pouco  contemplando e reconhecido na grande mídia.

MIMUNEGRA 2011 – Carranca. A representação das máscaras africanas juntamente com o símbolo da linguagem cênica, representando a comédia e o drama.

MIMUNEGRA 2012 – Sankofa. Na língua Akan do povo Akan, que em português significa “volte e pegue” (san – voltar, retornar; ko – ir; fa – olhar, buscar e pegar). É frequentemente associado ao provérbio: “Se wo were fi na wosankofa a yenkyi,” que pode ser entendido como: “Não é errado voltar atrás pelo o que esqueceste”.

MIMUNEGRA 2013 – Diva. Uma divindade feminina, uma deusa. No sentido figurado é uma mulher muito bonita. É um substantivo feminino derivado do latim divus (deusa).

MIMUNEGRA 2014 – Zezé Motta – 70 anos de arte e atitude. É uma homenagem aos feitos artísticos que enalteceram e orgulham as mulheres negras.

Dois ciclistas altaneirenses são pódio no desafio MTB de Farias Brito



Pódio da categoria junior do desafio MTB Capital da Cal. Foto: João Alves.

A equipe Trilha Sítio Poças de Altaneira colocou dois ciclistas no pódio no Desafio MTB Capital da Cal de Farias Brito realizada na manhã de ontem (21/12), que contou com a participação de mais de 80 ciclistas dos Estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco.

Lindevaldo Ferreira foi o campeão na categoria Junior. Higor Gomes da mesma categoria liderava a prova até a quinta volta, mas furou o pneu e terminou o Desafio na sétima colocação.

O outro Pódio da equipe foi de Raimundo Soares Neto, que ficou em segundo lugar na categoria Kids, dedicada a crianças de até 12 anos. Natanael da Equipe Ninjas do Crato foi o campeão.

Luciano Ferreira também tinha reais chances de subir no Pódio, mas também teve problemas com o pneu e ficou na quarta colocação. Luciano também chegou a liderar na sua categoria

Participaram ainda do Desafio pela Equipe Trilha Sítio Poças os ciclistas Francisco Adeilton, Paulo Robson e Ricardo Pereira. A equipe contou mais uma vez com o apoio do estudante Pedro Rafael e a cobertura fotográfica do Garoto Beleza, João Alves.

O campeão geral foi o Ruan Jacinto da Equipe Bike Adventure de Juazeiro do Norte, seguido por José Alves da Equipe Dida Bikes de Souza, Paraíba (segundo), João Filho da Equipe Beto Ciclos do Crato (terceiro), Carlos da equipe Vida de Atleta de Maranguape (quarto) Dhiogo Correia também da Equipe Beto Ciclos do Crato (quinto).

Pódio da Elite Masculino do Desafio MTB Capital da Cal. Foto: João Alves.
O Desafio MTB Capital da Cal foi uma realização do Governo Municipal de Farias Brito, através da Secretaria de Cultura, Esportes e Juventude e contou com a coordenação técnica da equipe de Beto Ciclos (Beto, Betinho e Kiko) recebeu o apoio da turma Curumins do Sertão, do DEMUTRAN e das lojas Beto Ciclos, Bike Adventure, Clínica da Bike, do MegaSom  e Comercial Matias.

Ao final do evento, antes da entrega dos troféus e das premiações os participantes, empresários e técnicos da área elogiavam a organização do evento, o circuito e a administração do Município pela promoção do Desafio.

O Desafio MTB Capital da Cal distribuiu R$ 6.500,00 em prêmios aos vencedores, patrocínio do Governo Municipal de Farias Brito. Em virtude de um homicídio na cidade o prefeito Dr. Vandevelder Freitas não participou da entrega dos troféus, sendo representado pelo Secretário Municipal de Cultura, Esportes e Juventude, Nailson Carvalho.

Associação Beneficente de Altaneira convoca membros para renovação da diretoria


Em atendimento ao que expressa o estatuto, no seu artigo 15, a Associação Beneficente de Altaneira – ABA, entidade mantenedora da Rádio Comunitária Altaneira FM, lançou no último dia 28 (vinte e oito) de novembro, o edital convocando seus sócios e sócias para a renovação da diretoria executiva.

Sede da Associação Beneficente de Altaneira - ABA.
De acordo com o edital, será realizado assembleia geral que visa além da composição da diretoria, a realização da prestação de contas da entidade referente ao período de 2013 e 2014 e um demonstrativo do orçamento para o exercício de 2015.

A assembleia está marcada para ocorrer no dia 28 do corrente mês, na sede da ABA, situada a Rua Padre Agamenon Coelho, 346. Segundo apregoa o edital, a primeira convocação só se processará com metade mais um dos assciados e em dias com suas obrigações estatutárias a partir das 09h00 e com qualquer número de membros em dias com suas obrigações às 90h30 no mesmo dia e local.

Ainda em conformidade com o próprio edital, os interessados em lançarem candidaturas teriam um prazo de 15 (quinze) dias, a contar do lançamento do mesmo, para realizarem seus registros de candidaturas. É digno de registro que os novos membros eleitos para compor a diretoria executiva atuarão nos próximos três anos.

Edital de Convocação de Eleição da ABA.
Confira os nomes da diretoria eleitos em outubro de 2011:

Diretoria Geral

Presidente – Carlos Alberto Tolovi

Vice – Raimundo Soares (Mundinho)

Secretário Geral – Ana Maria Almeida Rodrigues

Secretário de Finanças – Loana Leite

Secretário de Atividades Sociais – Claúdio Gonçalves

Conselho Fiscal:

João Ivan Alcântara, Dariomar Soares e Maria Lúcia de Lucena.

Suplentes da Diretoria:

Fabrício Ferraz, Sebastião Amorim e José Nicolau.

Suplentes do Conselho Fiscal:

Cícero Chagas, Cícero Herlândio e Miriam Tolovi.



Bloqueio dos EUA à Cuba foi “um tiro no pé” dos norte-americanos, diz Emir Sader




O sociólogo, cientista político e colunista da RBA Emir Sader deu entrevista nesta quinta-feira (18) à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, na qual analisa o anúncio da retomada das relações entre Cuba e Estados Unidos. O colunista afirma que falta terminar com o bloqueio econômico à ilha e que o reatamento entre os países pode acelerar o processo de devolução de Guantánamo aos cubanos, ocupada desde o século 19: "Lá existem 130 presos, metade deles são considerados perigosos, teoricamente não poderiam voltar para os Estados Unidos, porque a Câmara decidiu que eles não poderiam estar em território norte-americano, mas é um problema menor comparado a essa virada espetacular de página que se deu ontem na normalização de relações entre os dois países".

Sader sobre a alfabetização em Cuba: "não foi só um processo
educacional, mas de consciência política"
.
Veja a seguir a íntegra da entrevista:

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, anunciaram nesta quarta-feira (17) mudanças históricas nas relações entre os dois países. Lembrando que o país caribenho sofre embargo desde 1961, o que está mudando entre os dois países?

Na prática, acaba sendo o fim do conflito como ele existiu durante toda a Guerra Fria. Conforme o título do livro do Fernando Morais (Os Últimos Soldados da Guerra Fria, de 2011) são os últimos soldados da Guerra Fria esses cinco cubanos que agora voltaram para o país e aquela Guerra Fria terminaria aí.

Cuba sempre considerou que a chance de normalização das relações se daria num segundo governo de um presidente democrata. O Jimmy Carter não teve segundo mandato, o Clinton teve um conflito maior, houve intensificação no final do segundo mandato dele de ações contra Cuba, um avião que soltou panfletos em Havana; e aí piorou a relação no final desse governo em vez de melhorar.

E agora se confirma essa possibilidade, a ideia de que um governo democrata que já não depende tanto do lobby cubano em Miami teria mais autonomia. Claro que passou por outras circunstâncias, e que nesse caso até mesmo pela liberação de um empresário, pelos três cubanos que ainda estavam presos, mas não foi simplesmente a libertação, quer dizer, finalmente, o Obama tomou a decisão e virou essa página, pois ele tinha se comprometido no começo do seu primeiro mandato em terminar essa situação de conflito absolutamente anômala em relação a Cuba.

Foi uma espinha na garganta dos Estados Unidos, a ideia de que tivesse um regime socialista a 120 quilômetros, como a distância de São Paulo para Campinas, e ele não conseguir destruir (o regime cubano); a ruptura de relações e o bloqueio parte disso, da ideia de asfixiar Cuba.

E a ilha ficou de fato extremamente isolada no começo, todos os países da América Latina romperam relações, salvo o México, mas o México só mantinha relações diplomáticas. Para comprar um palito, Cuba tinha que comprar na Inglaterra, na Espanha, esperar, ou comprar na União Soviética, era uma situação de precariedade muito grande.

Ao longo do tempo, os países, inclusive o Brasil, foram rompendo essa situação e estabelecendo relações com Cuba. Se no começo a ilha estava isolada, no fim desse processo quem estava isolado eram os Estados Unidos, quer dizer, desde 1992, as condenações ao bloqueio nas Nações Unidas fizeram com que apenas eles  (Estados Unidos), Israel e alguma ilha sem nenhuma importância no Pacífico votassem juntos.

Era uma situação que reverteu contra os Estados Unidos, mas que era mantida porque era uma questão meio que de princípios. Mais de dez presidentes disseram que iam derrubar o governo do Fidel Castro, e agora de Raúl Castro. Olha a lista de presidentes desde o Kennedy até hoje, então, agora se pode dizer que Cuba ganhou esse enfrentamento, porque os Estados Unidos confessaram que a ruptura de relações não teve eficácia, mas ainda faltam várias coisas.

Falta terminar com o bloqueio, que é uma decisão da câmara norte-americana, portanto, com maioria republicana, é um tema que ainda tem que ser discutido; os republicanos a princípio se manifestaram contra a atitude tomada pelo Obama.

E falta Guantánamo, que era território cubano, e os Estados Unidos, quando intervieram no fim do século 19 para impedir que Cuba expulsasse a Espanha e se tornasse independente, sob o pretexto de pacificar as relações, ficaram com a base de Guantánamo, que se tornou uma base militar e hoje é um presídio, de maneira absolutamente indevida.

Até um certo momento, Cuba colocava essa questão para normalizar as relações, depois, em um gesto de boa vontade, aceitou que as relações fossem normalizadas com esse absurdo, que é um pedaço de seu território ocupado militarmente pelos EUA.

Agora, certamente esse tema volta à baila, e também coincide com um problema que Obama quer resolver até o fim do seu mandato. Lá existem 130 presos, metade deles são considerados perigosos, teoricamente não poderiam voltar para os EUA, porque a Câmara decidiu que eles não poderiam estar em território norte-americano, mas é um problema menor comparado a essa virada espetacular de página que se deu ontem na normalização de relações entre os dois países.

Essa reaproximação entre os dois países é um processo que vem se desenvolvendo já há alguns meses, dizem que com a ajuda do papa Francisco. O que o papa tem a ver com essa história?

Eu acho que foi na fase final. O encarregado dessas negociações, que era o Ricardo Alarcón, cubano que era presidente da Assembleia de Poder Popular, deixou de ser parlamentar, mas continuou com essa responsabilidade; ele sempre disse que esse empresário (Alan Gross) era a grande parada para eles conseguirem resolver o problema, então, já vem de 2009 essa ideia de que eles pegaram um personagem graúdo, por ser um empresário que foi levar aparelhos de transmissão e comunicação para setores da oposição de maneira ilegal.

Então, é uma coisa que vem já há um tempo. Diz-se até que a deterioração da saúde dele acelerou as negociações e significativamente, porque ele é um cara que tem um papel importante no mundo, o papa também participou dessa fase final.

O Raúl Castro agradeceu as autoridades canadenses, pois houve negociações no Canadá em algum outro momento, mas certamente o papa foi importante talvez até para acelerar a realização desse gesto político e diplomático importante; não se menciona o papel dele, certamente deve ter sido um chamado deles para ajudar nessa fase final.

Apesar de todos os problemas do embargo, Cuba se destaca na área da saúde e da educação. Como é que isso foi possível?

Foi possível pela priorização. Primeiro que o sistema socialista tornou o direito igual para todos. E o setor é totalmente estatizado. A saúde é absolutamente gratuita para todos e a educação também.

Logo no começo da revolução, o governo chamou os estudantes que quisessem participar do processo de alfabetização para suspender as aulas na universidade e participar; eles participaram maciçamente e foi aí que a juventude cubana conheceu o povo cubano, porque a participação não foi maciça no processo de guerrilha. E ai se deslocaram para Sierra Maestra para conhecer o povo cubano e alfabetizá-lo. Não foi só um processo educacional, mas de consciência política também.

E sempre foi um tema prioritário, veja, a Bolívia, que é um dos países mais pobres do continente, acabou com o analfabetismo porque tornou prioritário o tema, então, jogou esforços essenciais aí, com a participação dos alfabetizadores cubanos. Então, na verdade, o essencial não é pobreza ou riqueza, mas a prioridade que se dá ao tema.

Mesmo na operação através da qual hospitais instalados pelos cubanos recuperam a visão de pessoas que não sabiam que poderiam enxergar direito, tem mais de 3 milhões de pessoas que recuperaram a vista. Ela é feita em território boliviano, por exemplo, tem argentinos que cruzam a fronteira para recuperar a visão, operados em hospital boliviano por médicos cubanos.

Então, é um tema de prioridade, não é uma situação de anomalia especial. O direito à edução é um tema universal. Mesmo quando Cuba flexibilizou profissões privadas para as pessoas conseguirem se virar além da economia estatal, é proibido ter educação privada ou sistema de saúde privada, é a responsabilidade do estado que responde em relação a toda a população.

Com a retomada das relações, vai ficar mais fácil sair ou entrar em Cuba?

Cuba já tinha liberado a saída para quem quisesse passear, só que é preciso conseguir visto fora. Esse sistema vai continuar a existir, só que agora os próprios Estados Unidos flexibilizaram a circulação de turistas, essa é uma das necessidades de Cuba, um turismo norte-americano em grande quantidade, é um país belíssimo, com condições de segurança que outros países não têm, além do interesse de conhecer o país como tal.

Então, eu acho que o turismo vai aumentar, sobretudo o turismo norte-americano, embora isso ainda não esteja absolutamente escancarado, mas certamente vai se intensificar. Tem voos já para o país, mas agora as companhias de aviação devem intensificar os voos, já que o país oferece bons lugares para turismo. E isso representa também maior comércio, já que os EUA liberaram a compra em maior quantidade de dólares para os norte-americanos que vão a Cuba, comprar rum, charutos, etc., isso também vai aumentar.

Na sua avaliação, qual é o maior problema enfrentado hoje pela população cubana e em que medida a retomada do diálogo com a Casa Branca pode mudar esse cenário?

É retomar um novo ciclo de expansão econômica em que o bloqueio era o problema real, quer dizer, na semana passada mesmo, um banco alemão recebeu uma multa muito forte por estar tendo relações com Cuba, então, o bloqueio...

Eles têm mão de obra qualificada, têm condições de trabalho muito boas, e tudo o mais, só que a dificuldade maior é que não podem explorar essas condições favoráveis, porque qualquer navio que para em Cuba não pode parar nos Estados Unidos durante seis meses.

Vários obstáculos que as leis mais recentes intensificaram, isso dificultou, isolou tanto que Mariel (porto de Mariel, construído com ajuda de financiamento brasileiro) era uma tentativa de ajudar a romper esse isolamento. Agora tem outro sentido, quer dizer, agora esse isolamento não existe, Mariel vai ser fundamental no comércio da região e o Brasil acertou de mão cheia tendo contribuído para sua construção, além de outros investimentos em Cuba.