MANIFESTO DOS SERVIDORES DA BIBLIOTECA NACIONAL




Vista geral da fachada do edifício
da 
Biblioteca Nacional


Os servidores da Biblioteca Nacional estão denunciando as precárias condições da entidade, o que está prejudicando o bom funcionamento. Segundo os mesmo não há, sequer a possibilidade de trabalho.

Confira o teor da denúncia:

“Nós, servidores da Fundação Biblioteca Nacional - FBN, vimos denunciar as precárias condições em que a instituição vem funcionando.

Não encontramos em nossos locais de trabalho as mínimas condições de segurança em relação ao prédio, sobretudo em suas partes elétrica e hidráulica. A temperatura ambiente ultrapassa em muito os 40 °C em vários setores, chegando a atingir medições superiores a 50 °C nos armazéns de guarda de livros, jornais e revistas, assim como no Centro de Processos Técnicos e na Divisão de Manuscritos. No momento, só contamos com ar condicionado no Laboratório de Digitalização e na Coordenadoria de Preservação, no 1º andar, e em setores do 5º andar. Um sistema de ar condicionado vem sendo testado nos últimos dias, porém sem nenhuma perspectiva de tornar o ambiente agradável para os usuários e tampouco para os servidores. O outro sistema, que sofreu um vazamento em maio, encontra-se desligado.

Como se nada mais bastasse, na última terça-feira, quatro servidores por pouco não foram atingidos, no 5º andar, por uma grade de retorno do ar condicionado, medindo 1,25 m x 0,55 m, que despencou de uma altura de cerca de oito metros, pois seu suporte de madeira foi inteiramente devorado por CUPINS. Como se vê, a Biblioteca está literalmente caindo aos pedaços. A fachada necessitou da proteção de tapumes para a segurança dos transeuntes, e, internamente, foi constatada a presença de insetos xilófagos (que se alimentam de madeira ou papel). Realmente, trabalhar na FBN nos dias de hoje tem sido um grande sacrifício, porém não precisamos pagar com a própria vida!!!

Nossa manifestação destina-se a tornar pública nossa indignação, nosso descontentamento e nossa crítica à direção da Fundação Biblioteca Nacional, ao Ministério da Cultura e ao Governo Federal pelo descaso com a cultura no país e com a maior Biblioteca da América Latina.”

Servidores da Fundação Biblioteca Nacional em Assembleia.
Associação dos Servidores da Fundação Biblioteca Nacional – ASBN
Dezembro de 2012


Créditos: ANPUH

Teoria da inexistência de deus: O homem o cria a partir da sua própria imagem




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Deus um conceito imaginário e simbólico. Uso o termo simbólico para conceituar o termo deus baseado no texto sobre o imaginário que expõe a definição de Lacan em que o simbólico seria coletivo e cultural, e o imaginário seria individual e ilusório. Temos assim a hipótese do conceito de deus como um ser imaginário e simbólico em oposição ao conceito de deus como um ser real.

O ateísmo científico é embasado nas ciencias naturais principalmente na astronomia que não encontrou evidência alguma da existência de uma divindade. O conceito de deus como um ser real tem como principal caracteristíca a criação do universo, com base na lógica de que tudo tem que ser criado, mas deus não, e se deus não faz parte do tudo, logo não existe. A partir dessa variação ocorre os diversos argumentos a favor da existência de deus que falham por partir da premissa da existência e a tomam como conclusão.

O embasamento antropológico que complementa essa hipótese é o método genético-crítico de Feuerbach: A diferença fundamental entre o homem e o animal consiste no fato de que o animal está regulado instintivamente, enquanto o homem tem consciência e pode assim refletir sobre si próprio. Mas a consciência ultrapassa as fronteiras do eu e tende também a compreender o mundo, dirigindo-se assim para o infinito. Aqui se funda a religião, contudo, o problema consiste no fato do homem separar o infinito de si próprio. Visto assim, a religião nasce num processo de projeção. Uma experiência humana é considerada como existindo fora do homem. Ao contrário da criação bíblica, é o homem que cria Deus a partir da sua própria imagem: “Homo homini Deus est”. 

Acrescenta ainda que entre o humano e o divino não há uma oposição de fato, real, mas sim ilusória. A contradição fundamental está no homem, porque não há uma essência religiosa. A religião é uma abstração das limitações da vida humana, corporal. Não há qualidades em si na vida divina.

História e Poder




Lena Castello é Professora Titular (aposentada) 
da Universidade Federal de Goiás (UFG) e
Diretora da Revista do Instituto Histórico
e Geográfico de Goiás

Por Lena Castello

Ao longo dos muitos anos em que ensinei, trabalhei e pesquisei, sempre me intrigou a constatação do quanto somos poderosos, nós, professores de História e seu “alter ego”, o pesquisador/ historiador. Dizê-lo assim, com todas as letras, poderá parecer basófia, diante da modéstia do nosso status e do pífio reconhecimento do magistério e da pesquisa histórica como profissão.

Mas este é um fato real. Nos livros que contam a nossa história, estão os fundamentos da identidade brasileira; e é nas salas de aula de história que crianças e jovens descobrem e assimilam os conceitos de pátria, de país, de povo e de sociedade brasileira. O pertencimento ao grupo começa com o conhecimento da sua história; os horizontes alargam-se com a história universal. O que tende a ampliar-se na sociedade globalizada de hoje, onde os avanços da tecnologia estão a exigir cidadãos do mundo.

Para ficarmos no caso brasileiro, assinalemos que a formação de bacharéis e licenciados em história começou entre nós a partir da década de 1930, e unicamente nos grandes centros culturais do país. Em Goiás, a primeira turma da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (embrião da atual PUC/GO) formou-se em 1951, quando alguns poucos bacharéis concluíram o então curso de Geografia e História.

Para que se desse início à pesquisa histórica, mais duas décadas se passaram, até que se instalassem os primeiros cursos de pós-graduação na área, em 1972, no antigo Instituto de Ciências Humanas e Letras da UFG.

Na atualidade, há inúmeros bacharelados e licenciaturas em História, acrescidos de prestigiosos programas de especialização, mestrado e doutorado. Teses, dissertações, revistas especializadas, boletins e livros são publicados em Goiânia e em cidades do interior do estado, muitas vezes levando à revisão de conceitos e à descoberta de verdades soterradas sob camadas de acomodação e de oficialismo.

Com efeito: em cada tempo, é possível identificar-se o esforço dos donos do poder, no sentido de se posicionarem favoravelmente aos olhos de Clio. Escribas oficiais e cronistas apadrinhados sempre deixam para o futuro visões favoráveis do seu tempo e das personalidades que nele exerceram o poder – o que é fruto da vaidade inerente à humana natureza. A quem vem depois, ao historiador, caberá questionar e preencher os claros e decifrar a escrita subliminar oculta nos documentos e testemunhos; e reinterpretá-los à luz do contexto histórico e da bibliografia pertinente sobre o tema ou temas correlatos.

No caso de Goiás, ainda há muita documentação a ser pesquisada para uma re-escritura mais equilibrada da sua História. Os historiadores pioneiros debruçaram-se sobre tópicos recorrentes como o bandeirismo, a extração do ouro, os primeiros núcleos urbanos, a sociedade em formação. O instrumental teórico e metodológico de que dispunham eram, contudo, insuficientes – como de regra acontecia em quase toda a historiografia brasileira. Com a agravante de que, nas grandes sínteses elaboradas durante a primeira metade do século XX, Goiás é o grande ausente, numa história que se produziu a partir do Brasil litorâneo (ou quase).

O que se passou no imenso continente goiano, as forças que o mantiveram fiel ao projeto nacional, as condições de sobrevivência da cultura ocidental no meio distante e hostil – nada disso foi motivo de maior questionamento e reflexão, até recentemente.

Aos poucos, algumas luzes se acendem nessa trilha dificultada por lacunas e obscurecida por idéias ultrapassadas. Nada mais “demódée” do que o perfil consagrado das personalidades dominantes no cenário político de Goiás no século passado: de um lado, os homens retrógrados e violentos da Velha República; de outro, as personalidades iluminadas e impolutas que exerceram o poder depois da Revolução de 1930. Trabalhos recentes vêm revelando luzes e sombras de umas e de outras, ganhando a historiografia goiana em nuances e em veracidade.

Fico a pensar na tarefa insana com que depararão os historiadores do futuro quando forem estudar os tempos atuais, tendo de haver-se com uma imensidão de dados e suportes documentais os mais diversos. Da década de 1960 ao segundo decênio do século XXI, muitos dos protagonistas serão os mesmos, mas apresentados sob óticas antagônicas: ora heróis, ora sabujos; ora anjos, ora demônios. De acordo com as fontes consultadas, haverá que ser exercitada a crítica e cotejadas as informações disponíveis, delas escoimando-se o que há de propagandístico e inverídico.

Fiquemos com a personalidade do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, figura preeminente da vida nacional nos últimos quarenta anos. E, com ele, toda uma coorte de sindicalistas, a partir de certo momento investidos nos deveres e usufruindo das benesses do poder. De acordo com a publicidade oficial e oficiosa, eles estariam mudando o Brasil para melhor, resgatando da miséria milhões de brasileiros e guindando outros tantos à segurança e bem estar da classe média. Se consultada, porém, a mídia contemporânea de maior peso e influência, os dados serão muito diferentes, com denúncias de populismo, estatísticas manipuladas, escândalos, malversações de fundos públicos, amoralidade e imoralidade campeando nos altos escalões da República.

Só o tempo fará decantar a verdade desses tempos temerários em que vivemos. Coisa para alguns séculos... o que é nada, neste ofício fascinante de fazer a História.


Créditos: ANPUH

Juventude tem novo encontro para definir agenda de luta para 2013




PILARES DA LUTA DA
JUVENTUDE

Integrantes de diversos movimentos de juventude se reuniram na sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), em São Paulo, para discutir e fechar um calendário de mobilizações, dentro da tradicional Jornada de Lutas da UNE, que será realizada em março de 2013.

Entre os presentes estavam o presidente da UNE, Daniel Iliescu; representantes da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), do Coletivo de Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e do Levante Popular da Juventude.

Na reunião foram discutidas as pautas que nortearão a Jornada de Lutas do próximo ano. Temas como reforma política, a violência contra a juventude, educação com foco no financiamento estudantil e a democratização dos meios de comunicação foram considerados bandeiras de luta primordiais.

‘’A UNE aposta na unidade dos movimentos sociais para lutar pelos direitos do povo brasileiro, e durante a próxima Jornada de Lutas não será diferente’’, afirmou Daniel Iliescu. “Em 2013, vamos de novo pintar os nossos sonhos e escrever mais uma importante página na história do poder jovem brasileiro”, completou.

O aproveitamento de espaços de mobilização para angariar esforços também foi bastante discutido. Em janeiro, durante o 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) e 8ª Bienal da UNE, novos encontros serão realizados para que os preparativos sejam iniciados.

‘’O Coneb, para nossa satisfação, teve recorde histórico com mais de 3500 centros acadêmicos credenciados. É um impulso muito grande do movimento estudantil’’, afirmou Iliescu.

No dia 8 de janeiro, uma nova reunião será realizada para definição de datas e locais.

‘’O próximo ano será de muita luta porque a juventude urge mudanças no Brasil’’, afirmou o representante do coletivo de juventude do MST, Raul Amorim.

A Jornada Nacional de Lutas

A Jornada Nacional de Lutas, organizada pela UNE, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e ANPG, ocorre anualmente no mês de março, em homenagem ao estudante secundarista Edson Luis. Paraense radicado no Rio de Janeiro, Edson foi morto pela ditadura militar com um tiro no peito dia 28 de março de 1968 quando protestava no restaurante universitário Calabouço contra o aumento no preço da refeição. Todos os anos os estudantes promovem uma série de intervenções em diversas regiões do país para apresentar suas reivindicações e assim, dialogar com os setores da sociedade.



Créditos: UNE

Estou preparado para receber todas às criticas, principalmente de politiqueiros, afirma prefeito de Altaneira




PREFEITO REELEITO
DELVAMBERTO SOARES (PSB)

O prefeito reeleito de Altaneira, Delvamberto Soares (PSB) falou pela primeira vez sobre o momento crítico que o município está passando. Muitos funcionários foram demitidos em virtude das péssimas condições financeiras. O caso gerou muitas discussões nas redes sociais, aumentando, inclusive, o grito roco da oposição que aproveitou a oportunidade para tecer comentários a respeito. A crise gerou corte nos repasses financeiros a prefeitura.

Diante desde quadro a administração resolveu não realizar o tradicional festejo alusivo à emancipação política desta localidade que, completou no último dia 18 (dezoito) 54 anos de autonomia político-administrativa.  O fato não foi bem vista pela oposição. De acordo com o líder desta na Câmara, o vereador Adeilton (PP), no grupo A POLÍTICA DE ALTANEIRA, isso se configura como um ato de desrespeito e de desmoralização.

No seu perfil no facebook o gestor do município comentou sobre os acontecimentos centrais e afirmou que a situação de Altaneira já se encontra regularizada e que realizará o réveillon.

Confira o discurso:

“Venho recendo diversas criticas diante algumas posições que venho tomando como gestor municipal, não foi fácil tomar essas decisões, como é do conhecimento de todos herdamos uma divida volumosa da gestão anterior, seria muito fácil pra mim colocar a culpa em quem realmente causou tudo isso, faço diferente, busco solucionar e resolvemos grande parte deles e hoje o nosso município se encontra totalmente regularizado para receber qualquer convênio em todas suas esferas.

Estou preparado para receber todas as criticas, principalmente de politiqueiros e pessoas que o único compromisso é falar mal sem apresentar soluções e que querem voltar ao poder a qualquer custo. Nada, mais nada vai mudar o meu foco, foi reeleito com mais uma enorme maioria e com certeza todos esperam um governo diferente, até porque se não pra mudar teriam continuado com mesmo modelo político.

A menos de três meses realizamos a maior festa de padroeiro, e essa mesma turma também fez criticas negativas, temos dezenas de prioridades mais importante do que festas dançantes.

Estamos realizando nessa semana um grande evento "O Natal de Luz" que com menos de vinte mil reais e ajuda de dezenas de voluntários esta sendo um evento bem maior e com custo 100 % menos do que anos anteriores.

Aproveito para agradecer a todos que se dedicaram dias e noites para realizar esse fabuloso evento, essas sim, pessoas importantes que com todas as dificuldades mostraram talento e criatividade e que não mede esforços e contribui para uma Altaneira realmente melhor.

Há!!!
Para alegria de muitos e tristeza dos pessimistas a pouco assinei convênio de 40.000,00 com o Estado para realização do Réveillon.
Abraço a Todos”.

Rádio Altaneira Fm e o Notícias em Destaque são muito distantes da realidade do Município




A RÁDIO ESTÁ SITUADA NO PRÉDIO
OCUPADO PELA ARCA

O altaneirense já aprendeu, mesmo que a trancos e barrancos e, diga-se de passagem, na maioria das vezes, incoerentemente, a se posicionar sobre os fatos que perpassam por sua realidade.

Nas esquinas, nos bares (porque não), nas calçadas, no campo de futebol, no ginásio poliesportivo, dentre outros espaços, o altaneirense e até mesmo aquele que não o é comenta, pergunta e discute os principais assuntos que afligem os munícipes, assim como aqueles que vêm ganhando maior destaque. Quem não se lembra ou nunca tenha comentado sobre os novos secretariados? Ou ainda sobre a escolha dos novos membros da mesa diretora do poder legislativo? Da Seca (que não é novidade)? Das péssimas condições dos serviços prestados pela Cagece?

Recentemente, o assunto mais intrigante que ganhou as ruas e mais ainda as redes sociais foi, não sem razão, a não realização dos festejos alusivos aos 54 anos de emancipação política do município. Antes, durante e depois o fato repercutia.

Faz- se necessário afirmar que os assuntos mencionados merecem atenção, discussão sadia e acima de tudo coerência. Não se pode comentar apenas por comentar, para satisfazer seu ego, ou apenas para sustentar a posição que ocupa (seja situação ou oposição).

O povo precisa saber o que se passa.  Na vida real, a situação ainda é, lamentavelmente, de um povo fadado ao fracasso, simplesmente por não buscar se inserir nos espaços de atuação, no ambiente da discussão, do diálogo.

Quando a matéria é mídia, infelizmente a situação é catastrófica. Tem-se apenas um único veículo de comunicação, a Rádio Altaneira Fm. E os membros que a compõem parecem que vivem em Nova Olinda, Santana do Cariri, Crato, Assaré, Sobral, Juazeiro do Norte, dentre outros espaços, menos em Altaneira.

Os fatos aqui elencados não foram tratados pela Rádio e, muitos menos pelo o Notícias em Destaque (projeto de um informativo a serviço da cidadania de minha autoria) e quando o foram não com a devida atenção que mereciam e, até, muitas das vezes, tomando partido contrários ao do povo.

A Rádio e, em particular, o Notícias em Destaque não consegue aterrissar em solo altaneirense e tratar dos assuntos que interessa a comunidade. Até agora, os membros não procuraram o gestor para saber o porquê da não realização dos festejos ao dia do município, embora os motivos já estejam à vista. Como não o fizeram sobre a escolha dos novos secretariados, das chapas que irão concorrer à mesa diretora da câmara (só para constar os que estão mais em destaque).

E enquanto se tiver uma mídia assim, distante da realidade local, as informações continuarão sendo transmitidas de forma fragmentada, sem coerência nenhuma e, povo continuará discutindo sem as reais condições para discuti-la.

O quadro ainda é de uma mídia fajuta, de uma oposição que está sendo hipócrita e de uma situação que ainda não consegue se articular com os meios de comunicação para prestar esclarecimento.

Movimentos Sociais: Relançamento de “Brava Gente” conta a historia do MST




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 “Ocupação de terra em nosso país faz parte da nossa história nacional. Tornou-se um patrimônio brasileiro a tal ponto que a legislação a incorporou ao próprio conceito de propriedade. Porém, o MST trouxe a novidade da organização da ocupação de massas, levada com garra, em todos os pontos do país, em terra produtiva ou improdutiva, com a inarredável certeza da vitória contra o latifúndio e até contra o próprio governo.” 

A Editora Perseu Abramo, em coedição com a Editora Expressão Popular, relança “Brava Gente: A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil”. O livro, que já vendeu mais de 10 mil exemplares, completa doze anos de sua 1ª edição, quando fora concedida entrevista de João Pedro Stedile. Trata-se de um abrangente diálogo entre uma das principais lideranças nacionais do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – e o geógrafo e professor Bernardo Mançano Fernandes.

A história do MST, desde as primeiras manifestações de trabalhadores do campo por melhores condições de trabalho e subsistência, em 1979, passando pelo conturbado período do regime militar e indo até o os governos Collor e FHC, é contada e analisada através do depoimento de Stedile, em trabalho de três dias junto ao autor da obra. São abordados temas como aprendizado do movimento com as experiências de organizações camponesas pioneiras, a luta para a conquista da terra e o nascimento de uma entidade representativa de combate a injusta distribuição das propriedades rurais no Brasil.

O líder do MST conta como a Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab) foi pensada e se desenvolveu por meio de um processo técnico de qualificação. Stedile revela ainda que o movimento planejou um modelo de assentamento que fosse “cartão de visitas” para a sociedade. Isso seria feito através de práticas de reflorestamento em áreas desmatadas pelo latifúndio, com plantações de flores e arborização de pátios e praças, além de tratamento especial das estradas e entradas das ocupações. Também haveria promoção de atividades culturais e festejos em datas significativas.

Participante da luta pela reforma agrária desde o final da década de 70, Stédile é testemunha das grandes vitórias e derrotas do MST. Vivenciou as ações na Encruzilhada Natalino, em Ronda Alta (RS), o trabalho da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a qual confere grande importância na formação da identidade do próprio movimento, e pôde, entre tantas lutas, tirar aprendizados e ganhar voz a partir de episódios como o massacre de Eldorado dos Carajás (PA), quando houve repressão policial que resultou em mortes de trabalhadores rurais.

Entre todas as descobertas e redescobertas que “Brava Gente: A Trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil” proporciona ao leitor, cabe ressaltar características que tornam o MST importante objeto de estudo, com destaque para sua virtude democrática, a qual permite que ocorra engajamento de diferentes individualidades e grupos familiares em sua totalidade, sem considerar diferenciações e estereotipagens.


Créditos: Carta Maior

Deus não é o criador, afirma estudiosa da Bíblia




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Uma respeitada estudiosa do Velho Testamento acredita que a visão de Deus como criador de todas as coisas é falsa, e que a Bíblia foi traduzida erroneamente durante milhares de anos. Ellen van Wolde, da Universidade de Radboud, na Holanda, afirma que a primeira frase da Bíblia, “No começo, Deus criou o Céu e a Terra”, não é uma tradução fiel do texto original, em hebreu.

Wolde afirma ter realizado uma análise textual que sugere que os escritores da Bíblia não tinham a intenção de afirmar que Deus criou o mundo – e que, de fato, a Terra já existia quando ele criou os humanos e os animais. A pesquisadora analisou os escritos originais do hebreu e colocou-os no contexto da Bíblia como um todo, e no contexto de outras histórias de criação da antiga Mesopotâmia.

Segundo a pesquisadora, a palavra “bara”, que aparece na frase, não significa “criar”, e sim “separar”, no sentido espacial. Deste modo, o significado original da frase seria “No início, Deus separou o Céu e a Terra”.

Wolde diz que sua análise mostra que o início da Bíblia não é o início dos tempos, e sim o início de uma narração. “A ideia da criação a partir do nada é um grande mal-entendido”, diz a pesquisadora.

As descobertas do estudo são bastante radicais, e ela afirma que espera que as conclusões levantem um debate religioso. Entretanto, ao contrário do que se possa acreditar, a pesquisadora é religiosa, e ficou pessoalmente incomodada pelas descobertas: “Me considero religiosa e o Criador era algo muito especial, como uma noção de confiança. Quero manter esta confiança”, diz.



Créditos: Hypescience.com

Altaneira e os seus 54 anos de emancipação política: Conheça um pouco dessa historiografia


VISTA PARCIAL DO MUNICÍPIO
DE ALTANEIRA
O Município de Altaneira, localizado na microrregião serrana de Caririaçu e na Região do Cariri possui, segundo os últimos levantamentos do censo que se processou em 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, uma população equivalente a 6. 821 habitantes e veio a ganhar autonomia política e administrativa no dia 18 de dezembro de 1958 segundo a historiografia contada pelas elites da época e ainda hoje reinante.

De acordo com as explicações dessas elites político-econômica e de alguns populares mais velhos a formação desse espaço social que posteriormente veio a ser denominado Altaneira teve início nos anos finais do século XIX. Os primeiros habitantes começaram a ocupar a área em 1870. Com a fixação e organização desses povos formou-se um povoado que levou o nome de Santa Tereza que, posteriormente foi concebida como a padroeira do município. Segundo as mesmas fontes, as primeiras famílias a se estabelecerem na localidade tinham como chefes João Bezerra, Manoel Bezerra, Joaquim de Almeida Braga, José Almeida Braga, além de José Braz, Firmino Ferreira Lima e João Correia de Araújo. O que permite perceber laços familiares nos moldes patriarcal.

Antes de se tornar independente politicamente o povoado da vila Santa Tereza foi subordinado aos municípios de Quixará (hoje Farias Brito) e Assaré.  A historiografia local, seja por intermédio de fontes orais ou escrita são muito poucas e até ineficiente para se ter um relato mais preciso e as que estão a disposição acabam não revelando  uma luta pela independência fervorosa e ou, com grandes conflitos armados.  O que leva a perceber a necessidade de um estudo mais aprofundado para se analisar a historiografia local.

Levando em consideração os relatos até então criados e sustentados, pode-se afirmar que o povoado foi elevado a categoria de distrito pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951, sendo pertencente ao município de Quixará.  Já a lei estadual nº 2194, de 15-12-1953, o distrito de Altaneira passou a fazer parte do município de Assaré. Toda via, o ponto auge é atingido somente em dezembro de 1958 quando, de fato, o distrito passa a se tornar município de Altaneira. O Padre David Augusto Moreira é tido como o responsável pela denominação do Município. Ainda no que toca ao processo de autonomia política, vale dizer que ocorreu em virtude do Projeto de Lei nº. 299/58, cujo o autor foi o Dep. Cincinato Furtado Leite, nome que, inclusive foi dado ao plenário da Câmara.

AS ÁRVORES QUE CERCAVAM A CAPELA DERAM LUGAR
A PRAÇA E AO CALÇADÃO ONDE OCORREM
OS FESTEJOS DESTINADOS A PADROEIRA
FOTO (RAIMUNDO SOARES  FILHO)
Segundo as informações de populares mais antigos e de algumas fontes escritas a religiosidade é uma conotação ávida e se faz presente com vigor ainda hoje. Nas primeiras décadas do século passado foram dados os primeiros passos para a construção de uma capela no distrito. Ainda aqui, a primeira missa campa se deu em 1937 sob a organização do Padre Agamenon Coelho.

Durante mais de meio século de história Altaneira já passou por grandes acontecimentos, a maioria deles ligadas a política partidária. Entre o final de 2010 e início de 2011 o município passou pelo momento mais conturbado e complicado da sua curta história. Antonio Dorival de Oliveira, prefeito no período, foi cassado por abuso de poder político (acusado de distribuir vales de combustível durante o processo eleitoral de 2008 com dinheiro público).  Em virtude disso, em um período de um ano os munícipes foram as urnas duas vezes, uma em 2011, na eleição suplementar e, outra em outubro do corrente ano, onde mais uma vez os eleitores foram as urnas para eleger seu novo gestor.

ATLETAS EM CONCENTRAÇÃO PARA AS
COMPETIÇÕES ESPORTIVAS
FOTO ( JOÃO ALVES)
Ressalte-se aqui que todos os anos há as comemorações alusivas à emancipação política.  Este ano, a exemplo dos anteriores foram realizadas as tradicionais corridas divididas nas modalidades dos 100 e 200m (velocidade) bem como também no quesito resistência. Ambas com participação dos municípios vizinhos.  

A grande novidade este ano é a ausência dos festejos em comemoração aos 54 anos de autonomia política com a participação de bandas de forró em virtude da crise financeira que atinge a maioria das cidades brasileiras, em particular do Estado do Ceará, no qual Altaneira está inclusa.  

Ano passado o evento contou com uma ampla programação envolvendo competições esportivas e shows em praça pública, tendo iniciado no dia 15 (quinze) e se estendendendo até o dia 18 (dezoito).

Altaneira no centenário do Gonzagão: Fundação ARCA realiza tributo ao Lua




Há 99 anos, na pequena cidade de Exu, 
nascia um dos maiores ícones brasileiro, 
Luiz Gonzaga

Até o final deste ano, centenário do músico e expoente da cultura brasileira, Luiz Gonzaga, deve acontecer diversas comemorações e homenagens em todo o Brasil. A sua influência na cultura brasileira é tão grande que, em 2005, o presidente Luis Inácio Lula da Silva instituiu o Dia Nacional do Forró em homenagem ao nascimento do cantor. Desde então, todos anos são realizados eventos para marcar a data.

KAREM E REJANE, ALUNOS DO 1º ANO A
EM VISITA AO MUSEU DO LUA
O município de Altaneira, localizado na região do cariri, através da Escola de Ensino Médio Santa Tereza fez várias visitas com as turmas dos primeiros, segundos e terceiros anos ao Museu do gonzagão, em Exu . Na noite de ontem, 16, foi à vez da Fundação Educativa e Cultural ARCA realizar um tributo a Gonzaga.

CICERA E ANA FLÁVIA

O evento reuniu a banda de música do município, cantores locais e jovens aprendizes da entidade que ao ar livre exibiram todo o conhecimento de um dos maiores ícones da música popular brasileira, o popular rei do baião, como ficou conhecido. Na oportunidade, através de trechos de vídeos e de músicas foi contada a história deste grande sofoneiro e músico que a partir de canções como Asa Branca, Assum Preto e A Triste Partida, esta última, um poema de Patativa do Assaré, retratou as duas faces do nordeste. Uma triste que o tornou conhecível pelas partes do Brasil e do mundo, além,  claro, de ter levado ao mundo a riqueza dos ritmos nordestinos.

Cita-se ainda que grande parte do conhecimento da região do nordeste brasileiro, com suas riquezas e aflições, vêm, não sem razão da abrangência que sua obra teve - e tem - por todo o território brasileiro. Não há região no Brasil onde não se faça alguma música cujas origens não estejam no que Gonzaga disseminou pelo País a partir de 1946, quando começou o reinado do baião. Deve – se lembrar também que são poucos os compositores, vindos depois do gonzagão,  que não tenham em seu repertório um baião, um xote, um xaxado, alguns dos vários ritmos nordestinos estilizados e urbanizados por ele.

Ontem a noite, no tributo realizado pela ARCA, percebeu-se a riqueza da cultura nordestina retratada pelo Lua, com temas como a  seca e religiosidade.

A fundação Educativa e Cultural ARCA vem a mais de uma década realizando importantes trabalhos no município e é uma das grandes referências culturais da localidade. 

Confira mais fotos*

MÚSICOS LOCAIS
CICERA E ANA FLAVIA
BANDA DE MÚSICA
PÚBLICO
PÚBLICO

* João Alves